sábado, janeiro 21, 2006

CRISE POLÍTICA (CONTINUAÇÃO)

CAIXA DOIS NO PSDB MINEIRO.

Nos últimos dias temos ouvido falar muito sobre o caixa dois do PT, mensalão... etc; Mas pouco sobre o suposto caixa dois montado pelo PSDB (Partido Político do Serra, FHC, Alckmin e companhia). Fica consubstanciado assim, um verdadeiro jogo de interesses por parte da grande mídia.
Mas, (até que enfim!), uma revista semanal, Carta Capital, resolveu nos mostrar que Marcos Valério manteve relações com o partido do nosso ex-presidente, FHC, e não surge agora, no governo Lula.
A matéria de capa da revista do dia 11 de janeiro traz uma denúncia tão grave quanto o suposto transporte de dólares de Cuba por integrantes do PT: o ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo, teve, segundo a matéria, sua campanha eleitoral, no ano de 1998, financiada em parte por um caixa dois montado com o auxílio do Marcos Valério, e com dinheiro público.
Um documento com 3 páginas, que relata as supostas fontes e os supostos destinatários de milhões de reais (a quantia exata ainda é uma incógnita), teve sua autenticidade comprovada por peritos da Polícia Federal.
O caso é longo e, assim como o atual “mensalão”, cheio de confusão. Mas o “carequinha” , como ficou conhecido Marcos Valério, já afirmou a uma das CPIs que obteve R$ 11 milhões em empréstimos do Banco Rural e repassado a grana para a campanha de Azeredo, em 1998; e a garantia (preste atenção!) vinha de contratos que as empresas de Valério conseguiria com o governo mineiro. Ou seja: Marcos Valério confirmou presença na campanha de Eduardo Azeredo, do PSDB.
Este documento, assim como todos os outros que tem sido divulgado nos últimos dias, é, segundo dizem e comprova-se, controverso. Mas como o partido de Azeredo não está na mira dos “grandes” meios de comunicação, pouca atenção tem se dado ao tema. Pergunto: Você viu a “Veja” colocar como matéria de capa alguma denúncia de caixa dois tucano? Acho que não.
Então, se você ainda acha que Marcos Valério surgiu em 2003 com a eleição do Lula, você está enganado. Ele já “batia cartão” há muito nos bastidores da política nacional.
Se estamos no campo das suposições, onde provas concretas não temos, como o caso dos dólares de Cuba, por que não dá-se atenção a este caso não menos tenebroso. Por que será, heim?
É bom ler a matéria.

Obs.: Este texto serve como continuação da matéria sobre crise política que foi publicada na edição impressa do Becos e Vielas do mês de Dezembro.

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