quinta-feira, julho 12, 2007

De quadro em quadro...


fotografia de Juliana Santos

Na quarta, 11/07, rolou a exibição do 2 MESES E 23 MINUTOS no sarau da Cooperifa e ainda vai rolar em diversos pontos alternativos da cidade.

Alternativo que eu digo não é o Espaço Unibanco e afins, mas é a sala de exibições do boteco, da escola, da viela, da praça, da sua casa, onde deixarem agente entrar, agente entra, até no Unibanco.

Uma experiência gigantesca de realização e de exibição que para muitos pode parecer brincadeira de moleque, mas para nós é muito mais e o filme é mais do que documentário de denúncia é uma ferramenta de descoberta, agora é “nós e as imagens do nosso povo”.

Com todo respeito a Bernadet, mas chegou a hora, né mano? E se não for de película, agente atravessa o rio de vídeo, sem depender da Globo , agente inventa diferente, você sabe como é.

Pode não ser a imagem mais maravilhosa, ainda, mas é cheia de ginga e a ousadia é grande, o espectador é convidado a aprender ao mesmo tempo em que agente, sem arrogância intelectual, biombo de classe, mais do que “virámundo” é “Chácara Santana – 24 Anos no Morro”, mas ainda com a sutileza e o impacto dos vídeos de Coutinho.


E virandoomundo, no sapatinho da imagem do outro que sou eu, somos nós, nossa imagem estoura na tela, num plano fechado, cara a cara conosco, às vezes meio desfocada, corta um pouco ali, um pouco aqui, mas se revela, se descobre e diz, somos nós, eu e você, lutando pra sobreviver e pra reverter, armando nosso acampamento se alimentando de Imagens de Uma Vida Simples vai se fortalecendo e semeando dignidade e Arte na Periferia, mesmo que o Valo-Velho se sinta o Morumbi e que o acampamento seja considerado o Paraisópolis.

Tiro o chapéu para os guerreiros e guerreiras filhos de Cândido que l

,utam por um futuro melhor para os filhos seus, e para o prefeito de Itapecerica, uma vaia, no mínimo.


E dia 16, segunda, tem exibição no Bar do Binho



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