quarta-feira, novembro 26, 2008

sexta-feira, novembro 21, 2008

Mostra Cultural da Cooperifa

Eu, Sérgio, Daniel e Jeferson

Ontem, 20/11/2008, rolou o dia do cinema na Mostra Cultural da Cooperifa com vídeos africanos a dar com pau e debate com Rogério Pixote, Daniel Fagunde (NCA) e Jeferson De com a mediação do Sérgio Gagliardi.
A conversa foi muito interessante, o Jeferson é um cara muito legal mas tinham umas perguntas que não poderiam faltar, né? Bom, perguntas que ele já deve estar cansado de ter que responder mas nunca tinha respondido pra nós.
Foi bom, teve gente que quase nos xingou, quis derrubar a mesa. Quase saiu: Jeferson, porco capitalista! e; Pixote e Daniel, invejosos!
Nada de mormaço, o chicote estralou, depois escrevo mais.
E ainda tá rolando a Mostra, peço desculpas por não ter postado nada antes, a correria tá grande. Se puder colar na Mostra, vale a pena.


Dá uma bizoiada na programação. É só clicar na imagem.

terça-feira, novembro 18, 2008

Fela Kuti no Cine desse mês

Clique na imagem


Neste mês será exibido o filme A Música é uma Arma, produzido pelos franceses Jean-Jacques Flori & Stéphane Tchalgadjieff, no qual mescla depoimentos do músico nigeriano Fela Kuti e cenas jornalísticas dos confrontos entre o Exército nigeriano e os civis. Faz um panorama histórico da resistência por parte da população africana à invasão das multinacionais no país.

Quem foi Fela Kuti
Fela Anikulapo Ransome Kuti (Abeokuta, 19381997) foi um multi-instrumentista nigeriano, músico e compositor, pioneiro da música afrobeat, ativista político e dos direitos humanos.

Fela Kuti nasceu em Abeokuta, no estado de Ogun, na Nigéria em uma familía de classe média. Sua mãe, Funmilayo Ransome-Kuti, foi uma feminista atuante no movimento anti-colonial, e seu pai, Reverendo Israel Oludotun Ransome-Kuti, um pastor protestante e diretor de escola, foi o primeiro presidente da União Nigeriana de Professores. Seus irmãos Dr. Beko Ransome-Kuti e Olikoye Ransome-Kuti, eram ambos conhecidos na Nigéria.
Quem é Salloma
Salloma" Salomão Jovino da Silva -Doutor em História Social pela PUC/SP; Educador, Músico e Pesquisador visitante do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa,

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fela_Kuti

quarta-feira, outubro 08, 2008

Vejam o que fizeram no Centro Cultural da Juventude



quarta-feira, setembro 24, 2008

CINEBECOS NA CASA DE CULTURA DE M BOI MIRIM



27/09- excepcionalmente sábado

17h - infantil

Príncipes e Princesas

Direção: Michel Ocelot

Neste criativo filme de silhuetas animadas, uma menina e um menino encenam fantásticas peças de teatro, auxiliados por um velho técnico desempregado. Eles se transformam em herói e heroína de seis contos e viajam para todos os cantos do mundo, indo do passado remoto ao futuro distante. O filme apresenta um universo de elegantes e encantadoras figuras que deslumbram espectadores de todas as idades, mostrando a beleza do Antigo Egito, a poesia da arte japonesa, o romance da Idade Média e os prodígios do ano 3000.

19h - adulto

Escritores da Liberdade

Direção: Richard LaGravenese

O filme se passa em um período em que estourava nas ruas a guerra interracional americana, onde para os jovens da classe de Gruwell, conseguir sobreviver o dia a dia da guerra entre as raças no meio da rua, já era um feito muito grande. E é a partir do respeito e a forma de tratar os alunos como nenhum outro professor havia tratado, ou seja, escutando-os como adultos que estavam se formando, que a nova professora conquista um a um. Enquanto escrevem seus projetos, os alunos saem em busca de se tornarem eles mesmo esses heróis. E pela primeira vez eles poderão experimentar a esperança de que talvez eles possuam a chance de mostrar ao mundo que suas vidas também fazem o diferencial e que eles possuem algo a dizer ao mundo.

Casa Popular de Cultura de M'Boi Mirim - Av. Inácio Dias da Silva, s/n – Piraporinha - Zona Sul. Dia 27/09 (sábado), a partir
das 17h. Entrada Franca. (11) 5514-3408 / 7620-6233

II Festival de Cinema e Cultura em Brasília



Estão abertas as inscrições para o II Festival de Cinema e Cultura
Cine Periferia Criativa, a ser realizado nos dias 7, 8 e 9 de novembro
de 2008, das 14h às 22h, no Teatro SESC Newton Rossi, do Centro de
Atividades SESC Ceilândia DF .

As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de setembro, e toda a
comunidade poderá inscrever seus vídeos. A ficha de inscrição e o
edital podem ser retirados no site
http://www.cufadf.com.br/cinecufa/homecinecufa.swf .

Uma parceria da Central Única de Favelas do Distrito Federal (CUFA)
com SESC/DF.

Amanhã estréia de CINEMA DE QUEBRADA


O CINECLUBE PÓLIS convida para estréia do documentário CINEMA DE QUEBRADA de Rose Satiko
Dia 25 (quinta-feira) de setembro às 19h

Debate com a diretora e coletivos de audiovisual da cidade de São Paulo

ENTRADA FRANCA
Rua Araújo, 124, centro
(próximo à estação de metrô República, esquina com a Gal. Jardim)
2174.6840 / cineclube@polis.org.br


CINEMA DE QUEBRADA

(NTSC, cor, 45 min, LISA/FAPESP, 2008)
DIREÇÃO E PESQUISA: Rose Satiko Gitirana Hikiji
ROTEIRO E EDIÇÃO: Karine Binaux Teperman
FINALIZAÇÃO: João Claudio Sena
TRILHA SONORA ORIGINAL E DESIGN SONORO: Ewelter Rocha
MÚSOCA ADICIONAL: Despetalar (O Encanta Realejo) Composição: Aline Reis
PÓS-PRODUÇÃO: André Ferraz (Estúdio Música Bacana)
IMAGENS ADICIONAIS: Giuliano Ronco, Paula Morgado, Juliana Biazetti
PRODUÇÃO: Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP)
APOIO: Fapesp

Em Cinema de Quebrada, jovens moradores da periferia de São Paulo apresentam o cinema como meio de expressão e de reflexão. Nas quebradas, fazem e exibem vídeos, questionando as representações midiáticas da periferia e construindo novas imagens a partir de suas experiências.

O filme é resultado de uma pesquisa realizada pela antropóloga Rose Satiko Gitirana Hikiji, desde 2004, sobre a produção audiovisual realizada a partir das periferias brasileiras por seus próprios moradores. Acompanhando festivais de cinema, como o Festival Internacional do Curta-Metragem em São Paulo (e a mostra Formação do Olhar), oficinas de vídeo (entre elas, aquelas promovidas pelas Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual), e o trabalho de jovens realizadores em suas próprias comunidades, a pesquisadora teve acesso a um universo de produções e questionamentos que tem como objeto ora a própria periferia e suas representações (nem sempre consideradas representativas pelos seus moradores), ora o mundo, olhado a partir das lentes de quem vive "do outro lado da ponte".

Dentre os coletivos que apresentam suas idéias e imagens no documentário, estão alguns pioneiros do "Cinema de Quebrada" em São Paulo, como o Filmagens Periféricas (de Cidade Tiradentes, ZL) e o Arroz, Feijão, Cinema e Vídeo (Taipas, ZN). Também protagonizam o filme grupos da Zona Sul, que atuam tanto na produção como na divulgação do cinema e de outras formas artísticas nas quebradas, como o Arte na Periferia, o Núcleo de Comunicação Artística (NCA) e o Cine Becos.

Os realizadores e exibidores de quebrada apresentam também seus olhares sobre a periferia e o centro - e as pontes e barreiras entre estes espaços . Em suas falas e filmes, percebe-se a força de uma reflexão inédita, em que o cinema é meio de relação e de transformação.


sábado, agosto 23, 2008

2 Meses e 23 Minutos no Festival de Curtas de SP

Em cartaz no programa especial Carta Branca ao Submarino Vermelho no 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.

Sexta 22 - às 18h na Cinemateca, sala Petrobras
Sábado 23 - às 20h no Centro Cultural da Juventude + debate com Rogério Pixote, Fábio Ranzani, Rica Saito e Helena.
Segunda 25 - às 17h no Cine Olido + debate com Rogério Pixote, Fábio Ranzani, CANIL e Júlio Wainer.
terça 26 - às 18h no Unibanco Arteplex, sala 5 - Frei Caneca

Mais informações e programação completa em:
http://www.kinoforum.org.br/curtas/2008/programa.php?c=206&idioma=1

domingo, agosto 10, 2008

Mapa do crime revela as áreas perigosas

Folha de São Paulo, 06/08/2008

Informações inéditas da polícia de SP mostram que periferia tem mais crimes contra a vida e áreas ricas, mais crimes contra o patrimônio

Jardim Herculano, Capão Redondo e Parque Santo Antônio formam "triângulo da morte'; zona oeste tem mais furto e roubo de veículos

ANDRÉ CARAMANTE
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dados inéditos do setor de inteligência da polícia de São Paulo, obtidos pela Folha, revelam como se distribui, distrito a distrito, a criminalidade pela cidade de São Paulo.
Os números, do segundo trimestre deste ano, mostram que a violência se espalha pela cidade, mas segue lógica própria.
Os crimes contra vida (homicídios e estupro) atingem, principalmente, as regiões mais pobres. Os crimes contra o patrimônio (roubos, furtos e latrocínio) se concentram na região central e em bairros mais ricos.
No primeiro caso, destaca-se o chamado "triângulo da morte", formado pelas regiões dos distritos policiais de Jardim Herculano, Capão Redondo e Parque Santo Antônio, onde 31,5% dos domicílios têm renda de até três salários mínimos.
Na área formada por essas três delegacias, que inclui bairros como Jardim Ângela e Jardim São Luis, ocorreram 44 homicídios nos meses de abril, maio e junho -14,7 por mês em média-, ou seja, 14,5% dos casos da cidade no período (303).

Crimes patrimoniais
Dos chamados crimes contra o patrimônio, o furto de veículos é uma das principais referências para a lógica da violência na cidade.
A análise dos números da polícia permite dizer que esse tipo de crime é mais freqüente na área formada por bairros como Perdizes, Lapa e Pinheiros, todos na zona oeste, onde 52,3% das residências têm renda superior a 20 salários mínimos.
Essa mesma área da zona oeste, aliada ao centro e aos Jardins, é responsável ainda pelos mais altos índices de outros furtos (celulares, carteiras, arrombamentos em residências etc.) e roubos (praticados sob grave ameaça, com a utilização de arma, por exemplo). Na classificação da polícia, os Jardins estão na área central.
Os números do Mapa da Violência fazem parte da base de dados da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), órgão da Secretaria da Segurança Pública que estuda a criminalidade a fim de adequar a utilização das forças de segurança no policiamento da cidade.
Desde 2002, os governos Geraldo Alckmin (PSDB), Cláudio Lembo (PFL, hoje DEM) e José Serra (PSDB) divulgam só os dados macros da cidade, sem dividi-los por distritos policiais ou seccionais, como a Folha os apresenta nesta edição.
Ao longo desse período, a reportagem pediu várias vezes essas informações à secretaria por considerá-las de interesse público, mas não as conseguiu.
Os dados que a Folha revela não incluem crimes registrados em delegacias especializadas -como o Deic (roubos) e o Denarc (drogas)-, o que pode causar diferenças em relação às informações gerais do site da secretaria (www.ssp.sp.gov.br/estatisticas).
Entre 2004 e 2007, o governo paulista chegou a divulgar estatísticas criminais erradas. Só em crimes patrimoniais como seqüestro, roubo a banco, de veículos e de carga, mais de 16 mil ocorrências ficaram de fora da contagem oficial.

Outros crimes
Os números apontam ainda as regiões com maior incidência de roubo a banco, roubo de carga, estupro e tráfico de drogas. Roubos a banco estão concentrados em uma área da zona sul (Santo Amaro, Ibirapuera, Vila Clementino, Campo Limpo e Cidade Ademar) e em um trecho da zona oeste (Perdizes, Pinheiros e Itaim Bibi). Juntos, os bairros têm 50% dos roubos a banco entre abril e junho.
Os de carga acontecem predominantemente nas áreas próximas às rodovias Régis Bittencourt, Presidente Dutra e Fernão Dias, além da área central, que inclui as regiões de comércio popular do Brás e ruas 25 de Março e Santa Ifigênia.
Os estupros ocorrem principalmente nos extremos da cidade. O tráfico, na zona norte.

Zona oeste é recordista em latrocínios

Dos 29 casos da capital paulista, nove foram registrados na região no primeiro semestre deste ano

DA REPORTAGEM LOCAL

A rua Mário, na Lapa, zona oeste de São Paulo, é de casas de um lado. Do outro lado, um muro grande, todo grafitado, delimita território de uma antiga escola, hoje uma coordenadoria de ensino. Foi lá que, no ano passado, três garotos de 18 anos, que tentavam levar o carro da família, roubaram a vida do físico da USP Georgi Lucke, que tinha 71 anos.
"Se ele estivesse aqui, a casa estaria cheia. Georgi era muito falante, tocava piano, fazia poesia -meu marido era muito inteligente e muito culto. Agora, ficou esse vazio e o medo." As lembranças são da professora Ignez Jorge Lucki, 67, casada desde 1968 com o físico, nascido na Ucrânia e uma das maiores autoridades brasileiras em controle de radiatividade e energia nuclear.
A família Lucki mora desde 1968 no sobrado. Foi lá que os quatro filhos do casal -Georgi Júnior, Flávio, Ricardo e Natália- foram criados.
Naquela noite de maio do ano passado, Ignez despedia-se da filha Natália, na porta de casa. Os dois cachorros enormes da casa, os pastores alemães Thor e Milly, divertiam-se na rua, enquanto mãe, filha e genro dirigiam-se ao carro dela, conversando. Da esquina, por volta das 20h, vinham três rapazes, caminhando e conversando. Tudo tranqüilo.
Mas os cachorros começaram a latir, nervosos e agressivos. A mãe, então, recolheu os animais, que ficaram atrás dos muros altos da residência.
"Obrigado, dona!", chegou a dizer um dos meninos. E o outro completou: "Mas isso é um assalto". "Passa a chave, passa a chave", disse, referindo-se à chave do carro de Natália.
Armas em punho, um agarrou a professora, chacoalhando-a enquanto ela gritava por socorro. Outro deu uma gravata na filha. O terceiro incumbiu-se de render o marido dela.
O professor Lucki, que havia chegado da USP e jantava na cozinha, correu assustado para fora da casa. Foram três tiros. Um, na axila, perfurou a veia aorta. Já caído no chão, foi alvejado na cabeça. A bala parou no maxilar.
Meia hora depois, Lucki morreu no hospital, o pulmão cheio de sangue, asfixiado. Os jovens fugiram, levando consigo a bolsa da filha com cartões, documentos e celular.
No primeiro semestre de 2007, o caso do professor foi um entre 16. No primeiro semestre de 2008, houve um acréscimo de 81%. As vítimas foram 29.
Isoladamente, no primeiro semestre de 2007, duas pessoas perderam a vida em assaltos na zona oeste. Em 2008, esse número saltou para 9 pessoas, fazendo a região a recordista.
No caso do professor Lucki, a polícia chegou 10 minutos depois do crime. Três suspeitos foram presos em janeiro em São Paulo.
"Minha mãe comportou-se como uma cidadã respeitadora dos direitos dos outros. Ela recolheu os cachorros para que não incomodassem os passantes. E o que recebemos foi dor e sofrimento. Agora, eu diria: "Pega!" O medo tomou conta de nós", diz Ricardo. Na porta da casa, o velho Dodge do professor segue estacionado.
(LC)


"Triângulo da morte", no extremo sul, tem 14,5% dos homicídios

Foram 44 assassinatos no local no segundo trimestre deste ano; região engloba Capão Redondo, Jd. São Luís e Jd. Ângela

Zona sul, como um todo, responde por 230 dos 630 homicídios registrados na capital; mesmo assim, área reduziu mortes em 9,4%

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na escola estadual da rua Dona Virginia, no Jardim São Luís, na zona sul, o assunto dos pais de alunos anteontem era o homem morto com dois tiros no peito a 300 metros da instituição. O cadáver, de um desconhecido, reforça as estatísticas da polícia, segundo as quais o extremo sul é a região mais violenta de São Paulo com 177 homicídios no primeiro semestre deste ano -ou seja, 28% dos assassinatos ocorridos na cidade.
Segundo as estatísticas do governo de São Paulo, ocorreram 630 assassinatos na capital no primeiro semestre -cerca de 3,4 mortes por dia. Desse total, a Secretaria da Segurança Pública não soube definir onde três casos ocorreram.
A zona sul como um todo (o extremo sul e bairros mais próximos do centro, como Santo Amaro e Brooklin) ficou em primeiro lugar, com 230 casos registrados. A segunda região em número de homicídios foi a zona leste (198), seguida pela zona oeste (77), zona norte (74) e centro (48).

"Triângulo da morte"
O corpo do desconhecido foi encontrado às 4h de anteontem por uma testemunha anônima na região do 100º Distrito Policial (Jardim Herculano), uma das três delegacias que formam o "triângulo da morte" -que registraram os maiores índices de homicídios no último trimestre.
Os outros dois vértices do triângulo são o 47º DP (Capão Redondo) e o 92º DP (Parque Santo Antônio). Eles englobam, de forma aproximada, Capão Redondo, Jardim São Luís e Jardim Ângela, regiões que, segundo estatísticas deste ano da Prefeitura de São Paulo, concentram 261 favelas.
Nessas regiões, entre 27% (Jardim São Luís) e 36% (Jardim Ângela) das famílias sobrevivem com menos de três salários mínimos por mês. Em Perdizes, por exemplo, esse índice não chega a 4%.
Só no triângulo da morte foram registrados no segundo trimestre deste ano 44 homicídios. No mesmo período, em todos os 93 distritos policiais da capital, foram 303 assassinatos, segundo as estatísticas.
Na área do 100º DP, aconteceram 18 casos, na do 47º DP, 14 crimes e, na do 92º DP, 12. O assassinato de anteontem -um dos mais recentes na área do 100º DP- entrará na estatística do 3º trimestre de 2008.
Segundo a polícia, testemunhas ouviram cinco tiros em outro ponto do bairro durante a madrugada; a rua Dona Virgínia, sem pavimentação e repleta de mato e lixo, foi o local escolhido pelos assassinos para se livrar do cadáver sem chamar a atenção de testemunhas.
"Eu moro há 40 anos nesse bairro e sou evangélico. Já vi gente ser morta na porta da igreja. Esse assassinato não é surpresa para a gente", disse o vigilante Celso Nepomuceno, 43, que levava a filha de 7 anos para escola.
Apesar de ser a mais violenta, a zona sul é também a que mais tem reduzido a criminalidade. Em relação ao primeiro semestre de 2007, teve 24 assassinatos a menos neste ano, uma redução de 9,4%. Para a polícia, a tendência -que vem se mantendo- se deve à redução das armas de fogo em circulação desde a entrada em vigor do estatuto do desarmamento, ao fechamento mais cedo de bares e à abertura de escolas para lazer nos fins de semana.


Campo Limpo e Capão lideram em estupros

Bairros, que ficam no extremo da zona sul, tiveram dez casos cada um no segundo trimestre deste ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Os extremos de São Paulo nas zonas sul, leste e norte concentram o maior índice de casos de estupro.
No segundo trimestre deste ano foram registrados 166 estupros nos 93 distritos policiais da cidade, sendo 71 casos (42,8%) em 14 delegacias localizadas nos extremos da capital.
Os dados não computam as delegacias especializadas, como as oito delegacias de defesa da mulher. No total da cidade, segundo o site da Secretaria da Segurança Pública, foram 262 casos no trimestre.
O extremo sul teve, somados, 29 casos de estupro no período de abril a junho. Os campeões foram Campo Limpo (37º DP) e Capão Redondo (47º DP), ambos com dez casos cada um. Na delegacia do Jardim Herculano (100º DP), foram cinco casos. O Jardim Miriam (98º DP) contabilizou quatro casos.
As delegacias do extremo leste registraram 23 casos entre abril e junho deste ano. Foram seis casos no Itaim Paulista (50º DP), cinco no Parque do Carmo (53º DP), e quatro nos distritos de Jardim dos Ipês (59º DP), Itaquera (32º DP) e Cohab 2 Itaquera (103º DP).
No extremo norte foram 19 casos no total, seis em Parada de Taipas (74º DP), cinco em Vila Amália (38º DP) e quatro na Vila Penteado (72º DP) e no Jaçanã (73º DP).
A única delegacia no topo do ranking de estupros que não fica em um extremo da cidade é o de Vila Matilde (21º DP, zona leste), com quatro casos.
Na zona sul, as delegacias que aparecem no topo do ranking de estupros surgem também entre as campeãs de homicídios. É o caso dos distritos policiais de Jardim Herculano, Capão Redondo, Jardim Miriam e Campo Limpo. Já nas zonas leste e norte, o estupro é praticamente o único crime que preocupa, com exceção do Jaçanã (zona norte), nono colocado no ranking de homicídios, e Itaim Paulista, sexto na lista de registros de roubo de carga.

Zona sul também reúne tentativas de homicídio

DA REPORTAGEM LOCAL

Assim como ocorre com homicídios dolosos (intencionais), a área do "Triângulo da Morte", no extremo sul da capital e onde estão as 13 delegacias da Polícia Civil da 6ª seccional Santo Amaro, também é a região onde mais se comete tentativas de homicídios.
Dos 580 casos da capital no primeiro semestre, 145 ocorreram na região. Isso representa 25% do total de atentados contra a vida.
Com 86 casos, a região da zona oeste, onde estão os 14 distritos policiais da 3ª seccional, é a segunda onde mais ocorrerem casos de tentativa de homicídio na capital: nos primeiros seis meses deste ano, foram 86 vítimas -14,9% de todos os casos.
(AC)

Zona oeste é líder em assaltos a bancos

Região registrou 25 casos no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento do setor de inteligência da Polícia Civil

Das 5 delegacias com mais registros, 3 estão na região: 37º DP (Campo Limpo), 15º DP (Itaim Bibi) e 14º DP (Pinheiros), com 3 casos cada

PAULO SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Além de clientes, a agência do Bradesco do Jardim Peri-Peri, zona oeste, parece estar atraindo a preferência dos criminosos que antes se espalhavam em roubos pela redondeza. Inaugurada há cerca de um ano, foi assaltada três vezes. Na última delas, 15 dias atrás, houve tiroteio, perseguição, atropelamento -e três mortes.
"Tinha muito roubo aqui na região. Aí, eles abriram o banco, os assaltantes vão pra lá", acredita a comerciante Cristina Jardim, 21, que trabalha no armazém do pai, na esquina oposta à da agência; ela diz que já foi assaltada "muitas vezes".
De acordo com levantamento do setor de inteligência da Polícia Civil, a zona oeste é a líder em assaltos a bancos na capital paulista, com 25 registros no primeiro semestre. Das delegacias com mais registros, três estão na região: 37º DP (Campo Limpo), 15º DP (Itaim Bibi) e 14º DP (Pinheiros), com três casos cada.
Em números absolutos, o 11º DP (Santo Amaro), na zona sul, é o campeão de ocorrências, com quatro.
A assessoria do Bradesco diz que a agência está equipada com dispositivos de segurança exigidos pelo Banco Central.
Apesar das vítimas, o evento resultou numa tentativa de assalto. Conforme a polícia, dois dos seis bandidos ficaram presos no detector de metais, por volta do meio-dia. O segurança desconfiou e avisou a um policial de folga que, por coincidência, estava no banco.
Ao perceber o movimento dos policiais, os bandidos reagiram atirando. Seguiu-se uma perseguição. Logo, carros do Grupo de Operações Especiais (GOE) apareceram no local.
A universitária Camila Mateus, 22, vizinha de porta do banco, achou mais prudente assistir pela TV ao que estava acontecendo ao lado de casa. Camila poderia manter o aparelho ligado, mas sem som, já que os ruídos da aterrorizante empreitada ela ouvia em tempo real. "Minha mãe disse que ninguém sairia de casa."
O dono de uma borracharia a menos de 100 m dali tinha acabado de atender um motoqueiro. "Assim que o rapaz foi embora, ouvi barulho de estouro de escapamento. Não parava mais. Pensei: "Esse cara vai acabar com o escapamento'", conta o borracheiro Osvaldo (que não diz sobrenome nem idade), sem atinar que o "barulho de estouro" eram os tiros.
Em frente à borracharia estava o Astra prata que os bandidos usaram para a fuga. Presos no trânsito, a menos de 50 m dali, eles deram um cavalo-de-pau no primeiro cruzamento, pegaram a pista no sentido contrário, resvalaram em uma menina de sete anos que atravessava a rua com a mãe e bateram em um muro. A menina sofreu escoriações leves.

Tiro no vencedor
O primeiro a morrer foi Rafael Ferraz Terra, 23, policial do GOE que estava no banco à paisana. "Ele trabalhou naquela noite, mas acordou antes das 10. Estava esperando dar a hora do rodízio para ir ao banco", conta a mãe de Rafael, a dona-de-casa Walkiria. Criado no Limão (zona norte), Rafael foi o primeiro colocado de 2001 no concurso para investigador policial. Eram cerca de 80 mil candidatos para 300 vagas.
As duas outras vítimas eram os bandidos. Morreram ao final da perseguição, alvejados pelo instrutor de tiros da academia da Polícia Militar Carlos Henrique Mendes Navas, 38, o Caíque, outro policial do GOE de passagem à paisana pelo local.
"A polícia esqueceu um pouco da gente aqui", queixa-se Augusto Ferreira, 23, dono da padaria que fica em frente ao local onde os bandidos rodopiaram para pegar a outra pista.

Região da Régis é campeã em roubos de carga

DA REPORTAGEM LOCAL

O roubo de cargas em São Paulo se concentra nos bairros próximos a algumas das principais rodovias que cortam a cidade: Régis Bittencourt, Fernão Dias, Presidente Dutra e Ayrton Senna.
O distrito policial com maior número de ocorrências no segundo trimestre deste ano foi o de Capão Redondo (47º DP), com 48 casos. O 37º DP (Campo Limpo) surge em terceiro lugar nesse ranking, com 42. As duas delegacias atendem a área da Régis Bittencourt.
O vice-campeão de roubo de cargas é o 90º DP (Parque Novo Mundo), com 45 casos na área onde se encontram a Fernão Dias e a Presidente Dutra.
Outro local que é alvo constante do roubo de carga é a região central de São Paulo -1º DP (Liberdade) e 12º DP (Pari)-, onde ficam áreas de comércio popular, como o bairro do Brás e a rua 25 de Março.
No primeiro semestre foram registrados 1.819 casos de roubo de cargas na capital paulista, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, com 20,6% das ocorrências no extremo sul (área da 6ª Delegacia Seccional).

BIBLIOTECA BELMONTE - Programação

BIBLIOTECA PÚBLICA BELMONTE – Cultura Popular

Programação de Agosto

Mês do Folclore

Aproveitando o Dia do Folclore no Brasil, comemorado em 22 de agosto, a Biblioteca Temática de Cultura Popular Belmonte irá oferecer ao público, neste mês, uma programação especialmente voltada ao tema. Apesar desta expressão ser amplamente conhecida e utilizada, são poucos os que conhecem a sua origem e definição. Portanto, a fim de esclarecer e permitir que os educadores tenham um maior embasamento teórico para apresentar aos seus alunos manifestações da cultura popular nacional, a Biblioteca Belmonte promove a palestra “Afinal, folclore ou cultura popular?: a invenção dos conceitos e outras questões teóricas”, do Prof. Dr. Da Universidade de São Paulo (USP) Américo Pellegrini Filho, que irá discorrer sobre a origem da palavra “folclore”.
Além desta discussão acerca da etimologia da palavra, a programação também contemplará manifestações do folclore nacional, como o Bumba-meu-boi e outras danças maranhenses, que serão apresentadas ao público gratuitamente, no interior da biblioteca, pelo tradicional grupo Cupuaçu, de São Paulo. Também haverá exposição de figurinos, instrumentos e fotos das apresentações de Bumba-meu-boi do Cupuaçu, apresentação de contos e cantos pelo premiado ator João Acaiabe, o Tio Barnabé do Sítio do Pica-pau amarelo, acompanhado do violonista Léo Doktorzyk, e oficina de Coco de Alagoas, Cavalo Marinho e Fevro, ministrada pela pedagoga e pesquisadora manifestações populares Sílvia Lopes, que abordará as origens e ensinará passos.
Por último, privilegiando o lado poético de nossa cultura popular, a biblioteca convida o grande cordelista paraibano Manuel Monteiro, membro da Academia Brasileira de Cordel, para um recital de poesia e relato de sua rica história de vida, quando vendia seus cordéis pelas feiras do nordeste.

Palestra
Afinal, folclore ou cultura popular? A invenção dos conceitos e outras questões teóricas.
O Prof. Dr. Américo Pellegrini Filho (Universidade de São Paulo), especialista em cultura popular e autor de livros sobre o tema, irá ministrar palestra para interessados em geral, acerca da distinção conceitual entre as nominações “cultura popular” e “folclore”, além de abordar conceitos relacionados à literatura oral.
Sábado, 23 de agosto às 9 horas. Sala de Cultura Popular

Oficinas
Arte do Movimento na Cultura Popular: vivenciando o coco de Alagoas, o Cavalo Marinho e o Frevo. - Nesta oficina, a pedagoga e pesquisadora das manifestações populares brasileiras Silvia Lopes irá abordar a origem das manifestações, além de transmitir os seus passos e promover a reflexão sobre formas de ensiná-la.
Sábado, 30 de agosto, das 9 às 12horas - Sala de Oficinas

Confecção de Boi
Dorinha Santana, da equipe da Biblioteca, realizará oficina de confecção de boi-bumbá, ícone da cultura popular brasileira, a partir de materiais reciclados. Inscrições abertas. Em horários alternativos, a partir do dia 4 de agosto.

Contação de histórias
Livros e Contos dos 4 Cantos do Mundo, nos 4 Cantos da Praça
Atividade de extensão comunitária realizada na Praça Floriano Peixoto, que, juntamente com a Biblioteca Belmonte, integra a área histórico-cultural de Santo Amaro. No dia do folclore haverá contadores de histórias convidados narrando contos populares de várias partes do mundo. Livros que tratam do folclore regional do Brasil e do mundo poderão ser apreciados pelo público presente após a contação de histórias.
Sexta, dia 22 de agosto, às 11 horas na Praça Floriano Peixoto

Contos e cantos populares
O ator João Acaiabe, ganhador de vários prêmios como APCA, Mambembe, e Kikito, entre outros, já participou do Bambalalão na TV Cultura e é mais conhecido como o Tio Barnabé do Sítio do Pica-pau Amarelo. Acompanhado do violonista Léo Doktorzyk, ele apresentará contos populares para as crianças.
Terça-feira, 26 de agosto, das 9 às 11 horas e das 14 às 16 horas - Auditório Kiyomi Oba


Espaço Gourmet
A Sala de Contos recebe alunos de cursos de alfabetização de jovens e adultos para compartilhar um cardápio literário onde o folclore é o tema. Após as leituras, memórias infantis são invocadas com quadrinhas e parlendas apresentadas pelas mediadoras de leitura Iracy Vivan Cardoso e Andréa de Souza.
Sexta, 29 de agosto, às 14 horas. Sala de Contos


Bumba-meu-boi

Apresentação
O grupo paulista Cupuaçu, surgido no Morro do Querosene (região oeste da cidade de São Paulo) há 22 anos e liderado pelo maranhense Tião Carvalho, dedica-se à pesquisa, prática e ensino de danças populares brasileiras, sendo composto por gente de diversos lugares do Brasil, principalmente São Paulo e Maranhão. O grupo apresentará o Bumba-meu-boi maranhense e outras danças típicas deste estado.
Quarta-feira, 27 de agosto, às 14 horas - Auditório Kiyomi Oba

Exposição
Exposição de fotos, figurinos e instrumentos da tradicional "Festa do Boi" e de outras danças realizadas pelo Grupo Cupuaçu.
De 18 a 30 de agosto, das 10 às 17horas. - Saguão


Recital
Poesia e relato de história de vida
O ilustre cordelista e pesquisador paraibano Manuel Monteiro, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel e um dos responsáveis pela adoção do cordel nas escolas públicas de Campina Grande, na Paraíba, conduzirá um recital de poesia na biblioteca.
Sexta, 15 de agosto às 9 horas - Auditório Kiyomi Oba


Não é 8 Nem 80: São 88 Histórias Contadas Dia 8/8/2008
Nessa data única no século, a Biblioteca Belmonte promove junto a outras instituições da região de Santo Amaro um dia inteiro de contação de histórias, em diferentes instituições, para o público de todas as idades. Serão histórias lidas, cantadas, contadas e declamadas. No repertório, lendas, fábulas, parábolas, cordel e contação de causos. Integram o roteiro das 88 histórias: bibliotecas comunitárias, escolas, creches, Centro de Cidadania da Mulher, Asilos, CEDECA, Casas de Cultura, Instituições financeiras, hospitais Unidades Básicas de Saúde e outras instituições.
Dia 8 de agosto, das 8 às 20 horas - Auditório Kiyomi Oba


Ler para Nascer
Em parceria com o Programa Saúde da Mulher e o Centro de Cidadania da Mulher, a Biblioteca Belmonte reúne mulheres e jovens grávidas para leitura de clássicos infantis recontados em poemas, cantigas de ninar, expressões plásticas e informações sobre saúde e direitos da mulher.
Dia 28 de agosto às 11horas - Sala de Contos

Atividades Regulares


Oficina de Xilogravura, por Valter Eduardo
Nesta oficina, os participantes aprendem a técnica de se fazer imagens por meio de madeira talhada e depois pintada, em que a imagem é transferida para o papel. Todas as quartas-feiras, das 14 às 17 horas - Sala de Oficinas

Oficinas Teatro Vocacional
Oficina permanente de teatro vocacional para jovens a partir de 14 anos, sob a coordenação do artista Felipe Brancaleão. Inscrições abertas com o orientador, na biblioteca. Todos dos sábados, das 9 às 16horas - Sala de Oficinas

Sarau Sertanejo, por Alcione Kosmos
No tradicional sarau, que é realizado na Biblioteca toda última sexta-feira do mês, o público canta, propõe músicas e interage com o organizador.
Sexta, 29 de agosto às 19horas. Auditório Kiyomi Oba

As Treze Visões do Largo 13
Biblioteca Belmonte em Santo Amaro será palco de uma série de quatro debates mensais (agosto, setembro, outubro, novembro) vinculados ao projeto premiado pelo VAI “As Treze Visões do Largo Treze de Maio”. O primeiro debate, denominado “Literatura, quem publica?” contará com a participação de pessoas importantes do cenário editorial, acadêmico e literário da cidade de São Paulo e da região de Santo Amaro. Mesa: “Literatura: Quem publica?”
Mediação: Patrícia Flores, poeta e editora.
Debatedores: Frederico Barbosa, poeta e diretor da Casa das Rosas. Antonio Vicente Pietroforte, escritor e professor da FFLCH-USP. Érika Pires, editora do jornal literário “O Treze”. Sonia Pereira, poeta . Binho, poeta. Elisa Buzzo, poeta e editora. Antes do debate haverá leitura de 30 minutos dos poetas presentes
Dia 23 de agosto, às 10 horas (Auditório Kiyomi Oba)

I Curso de Cinema e Reflexão sobre o Capitalismo


ILP Abre inscrições para I Curso de Cinema e Reflexão sobre o Capitalismo Do Instituto do Legislativo Paulista.

O Instituto do Legislativo Paulista (ILP) abre nesta segunda-feira, 11/8, inscrições para o I Curso de Cinema e Reflexão sobre o Capitalismo. As aulas, sempre às sextas-feiras, das 15h às 18h, terão início em 5/9 e seu término está previsto para o final do mês de novembro. As inscrições se encerram no dia 30/8.


Com carga horária de 34 horas/aula, divididas em 10 módulos, o curso será ministrado no auditório do ILP pela professora doutora Lygia Gonçalves Constantino, socióloga e arquiteta.

O curso é gratuito e são 50 vagas, destinadas ao público em geral. As inscrições devem ser feitas na página do instituto na internet, que pode ser acessada a partir do Portal da Assembléia Legislativa (www.al.sp.gov.br), clicando-se no ícone do Instituto do Legislativo, que se encontra no canto direito da página.


Criado com o objetivo de analisar criticamente a formação, as transformações e a consolidação da sociedade capitalista através da exibição de filmes e da discussão de textos, o curso pretende refletir criticamente sobre como o modus vivendi dentro deste sistema o realimenta, contribuindo para que se perpetue; e ainda identificar o relacionamento que se dá entre as esferas econômica, social, política e cultural na realidade do modo de produção capitalista, como parte de um mesmo processo.

Abordando desde a formação da sociedade capitalista "com um panorama geral da Europa no século XV e as grandes transformações socioeconômicas e culturais da Renascença" até as transformações tecnológicas e suas conseqüências culturais, o curso tratará criticamente da produção da mais-valia, da Revolução Industrial e da consolidação do capitalismo, entre outros temas como trabalho, cultura e ideologia.
Serão exibidos e debatidos nas aulas expositivas textos e os seguintes filmes: Giordano Bruno; Daens: um grito de justiça; Casanova e a revolução; A classe operária vai ao paraíso; Tempos modernos; Um dia muito especial; Mephisto; O grande ditador; Cidadão Kane; Muito além do cidadão Kane; 1984.

Construindo o Poder Popular

Debate com

Plinio de Arruda Sampaio

Presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária – ABRA e ex-candidato a governador pelo Psol
e
Mari Almeida
Candidata a vereadora pelo Psol
Trabalhou no governo da Venezuela em 2006 e 2007


Data: Quarta, 13/08, às 19:30

Local: Fábrica de Criatividade
Rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 248 – Próximo ao Terminal Capelinha e à Estação Capão Redondo do Metrô.




Boteco Político

no Bar do Binho

com a candidata a vereadora Mari Almeida

um encontro para tomar cerveja e discutir política

Data: Quinta, 14/08, às 20:00

Local: Bar do Binho
Rua Avelino Lemos Junior, 60 - Campo Limpo
(Próximo à Uniban)



"...enquanto a política não assegurar a libertação cultural de nossa América, a cultura deverá abrir o caminho para a libertação política". Julio Cortázar

terça-feira, agosto 05, 2008

Toró no Binho e Cooperifa


Salve, Povo. Licença.

Edições Toró na responsa de desenrolar o revide e dar chão à raiz, convida pro lançamento do livro “CONDE” – Coletânea de pinturas e textos desse grande artista plástico que nos deixou recentemente.

Conde marcou os bairros do Jd.João 23, Jd.Uirapuru, Jd.Arpoador e Cohab Educandário, onde cresceu órfão de pai e de mãe e espraiou por vielas e ladeiras a boniteza e o ardido dos seus quadros, murais e esculturas. Pintor e ativista, foi fundador da Associação Amigos Artistas e Artesões do Jardim Arpoador e fez dos barracos onde morou ateliês abertos, onde recebia a juventude pra tintar, musicar e modelar.

Suas dezenas de quadros e grafites cavucaram o imaginário, as estripulias, sanhas e senhas do povo preto e favelado, além de salientar a presença das culturas indígenas, entre a tragédia e a ternura, mesclando realismo e fantasia nas suas figuras, retratos e viagens.

Recolher a obra de Conde, em livro, pretende rasgar e adoçar caminhos pra que a obra desse mano chegue ao povo, aos museus, catálogos, bibliotecas, escolas e ganhe realce dentro das linhagens das artes plásticas negras brasileiras.

O livro traz escritos alguns poemas e reflexões do artista, mais textos de JPR (que enfatiza a passagem de Conde pelas quebradas da zona oeste e cita influências cotidianas e ancestrais da sua obra) e de Marcelo D´Salete ( que, como artista plástico e estudioso, detalha elementos da originalidade do trabalho de Conde).

É SÓ CHEGAR

DIA 11/08, SEGUNDA-FEIRA, a partir das 21 hs

A partir das 21h, no Sarau do Bar do Binho, ponte de sabedorias e traquinages. Rua Avelino Lemos Júnior, 60, esquina com a Cel. Souza Ferraz, pertinho do Largo do Campo Limpo. Entre o posto e o caldo de mocotó. Fone: 5844 6521.

DIA 13/08, QUARTA-FEIRA, a partir das 21 hs

Às 21h, na Cooperifa. Onde mora o tição, a ciência, o sereno e a gana da Poesia. Rua Bartolomeu dos Santos, 797, Chácara Santana. Fone: 5891 7403.



Literatura. Lançamento de mais um livro das edições Toró


quinta-feira, julho 24, 2008

Exibição dia 27/07 na casa de cultura

17 horas

AS AVENTURAS DE AZUR E ASMAR (animação, mesmo diretor de Kiriku)

Direção: Michel Ocelot

Azur é loiro e tem olhos azuis; Asmar tem cabelo e olhos escuros. Quando crianças, os dois cresceram e se amaram como se fossem irmãos. No entanto, a idade adulta reserva à dupla uma série de perigos em meio à rivalidade.









19 horas

ESTAMIRA (documentário)

Direção: Marcos Prado

A Estamira que dá nome ao documentário tem 63 anos. Com problemas mentais, ela trabalha há mais de duas décadas no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O filme traça um perfil dessa interessante mulher, colocando em pauta assuntos como a saúde pública, a vida nos aterros cariocas e a miséria brasileira.

trailer: http://br.youtube.com/watch?v=v9ik-M5k0K4

Endereço:
Casa Popular de Cultura de M Boi Mirim
Av. Inácio Dias da Silva, s/nº, Piraporinha. Zona sul de São Paulo
Tel.: 5514-3408 / 7620 6233

GRÁTIS




sábado, julho 19, 2008

FESTA UMOJA NO PARQUE ECOLÓGICO

CineBecos e Glauber Rocha na Cooperifa

CineBecos apresenta no sarau da Cooperifa

Maranhão 66
11 minutos
Direção: Glauber Rocha
Ano de Lançamento: 1966
Documentário que registra a posse de José Sarney como governador do Maranhão. Foi financiado pelo próprio evento que marcou o início do domínio político da família Sarney no Estado, que perdura até hoje. Em contraponto ao discurso de posse e da multidão em celebração, o filme mostra a miséria da população a ser governada.

23/07, quarta - 20:30h

Grátis

Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana - Zona Sul - SP

quinta-feira, julho 10, 2008

segunda-feira, julho 07, 2008

quinta-feira, maio 08, 2008

VIII - Mostra de Teatro

da Casa Popular de Cultura de M Boi Mirim

Clique no cartaz pra ampliar

Bolívia: o imperialismo contra-ataca.

Esse vem lá da Rádioagência Notícias do Planalto.

A democracia, a integridade territorial e o avanço de um projeto de governo popular na Bolívia estão em risco. O referendo popular sobre a autonomia da província de Santa Cruz de la Sierra, realizado agora no início de maio, deixou evidente a divisão de interesses entre a maioria do povo boliviano – em sua maioria indígena - e a minoria branca que vive em uma das regiões mais ricas do país.

Leia o restante do texto em
http://www.radioagencianp.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=4561&Itemid=43

NCA NA ATIVA


Dia
31 de Maio (sábado) não percam...


Inauguração da Videoteca Popular, segundo ano de apoio do VAI pela Prefeitura de São Paulo.

Projeto dedicado a disseminação de vídeos gratuitamente, através de emprestimos regulares de conteúdos independentes e de circuitos alternativos num acervo de mais de 500 títulos,
dos raros aos novos talentos.

Presenças de:

-Trupe Fuleragem
(Espetáculo teatral: Fora do trilho)
-O Encanta Realejo
(Música e intervenções cênicas)
Poesia com Binho e convidados
e Exibição de vídeos (NCA e Outros)

às 16:00hs no CEDECA-Interlagos
Rua Nossa Sra. do Nazaré, 51 - Cidade Dutra

Como chegar:
No Term. Sto Amaro pegar a lotação Vila natal e descer no ponto mais próximo do supermercado Sonda na Cidade Dutra.

Vamô chegá!!!
Sejemos canibais de nós mesmos, essa é a antropofagia periférica que transforma!!!

Parceiros:
CEDECA- Interlagos e Ação Educativa.

Confira abaixo um dos vídeo do NCA, Núcleo de Comunicação Alternativa

Nhanhonhama Paulista
A correria da grande São Paulo pede uma pausa para o café, não?!



PRO CINEMA SAMBAR

dia 24/05, sábado, às 19hs

com a Roda de Samba Cênica do BAND´DOIDO,

saída de Maracatu e Maculelê dos meninos da Casa de Cultura M´Boi Mirim.

O Filme da vez será de Chaplin O GAROTO, imaginem que lindo esse filme ao ar livre e depois uma roda de samba daquelas, no chão de terra!!!

Local: Na favela Felicidade, no Jd Ibirapuera, região do M´Boi Mirim. Em frente ao Campo de Fultebol.

Será servido caldo de feijão!!!

Maiores informações: Fone - 5852-5439 ou 8146 4358

Para ficar sabendo de outras atividades do grupo, entre acessem http://esseteatrodasamba.blogspot.com

terça-feira, maio 06, 2008

Pílula de Cultura Feira Preta na Casa das Caldeiras

teaser feira.png

Pílula de Cultura Feira Preta: “Casa das Caldeiras se prepara para celebrar os 120 Anos da Abolição da Escravatura”

A Casa das Caldeiras se prepara para mais uma edição da Pílula. Com uma proposta colaborativa, a Pílula de Cultura Feira Preta chega à terceira edição celebrando os 120 da Abolição da Escravatura. A miscelânea de diferentes vertentes artísticas proporciona o intercâmbio e a reflexão sobre a cultura negra hoje, passado os 120 anos de libertação dos escravos.

O evento está programado para o dia 11 de Maio, das 15h às 20h. Em 2008, a abolição da escravatura no Brasil completa 120 anos. O Brasil foi o último país nas Américas a extinguir a escravidão.

Promovida pela Pretamultimidia em parceria com a Casa das Caldeiras, a edição do evento reafirma a reflexão sobre “Qual É O Espaço da Cultura Negra Hoje”, trazendo apresentações culturais tipicamente afro-brasileiras.

Será montada uma programação especial, para comemorar a abolição e 1 (um) ano de existência da ”Agenda Cultural da Periferia”, iniciativa da ONG Ação Educativa. Artistas periféricos serão as grandes atrações do evento.

O Sarau de artes abrigará também um encontro de literários, que espalham suas poesias pelas periferias da Grande São Paulo. E mais, exibição de curtas, oficinas de percussão e artes plásticas com os artistas Zé Benedito e Jorge do Núcleo Interdisciplinar Afro. No dia das mães o público terá a chance de fazer comprinhas de alguns expositores da Feira Preta que farão parte da programação, comercializando produtos voltados ao segmento étnico.

O Projeto Pílulas de Cultura Feira Preta, faz parte do projeto "Todos os domingos", cuja proposta é possibilitar o público a passear pelo espaço da Casa das Caldeiras, conhecer a história do edifício de maneira lúdica, numa visita monitorada ao Patrimônio. Poderá também assistir às apresentações dos artistas em residência, se surpreender com eventuais espetáculos, performances, oficinas, ciclos de palestras e pesquisa, documentação artística e cultural.


11/05 - 15às 20h - grátis - Casa das Caldeiras: Av Francisco Matarazzo 2000 Água Branca - próx ao metrô Barra Funda - E-mail: feirapreta@uol.com.br

sábado, maio 03, 2008

Hip-Hop é desrespeitado na virada Cultural

Por Elizandra Batista

Texto furtado do site http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=37037
03/05/2008

Mais uma vez, o hip-hop não é tratado com respeito na Virada Cultural. Lendo o Jornal da Tarde do dia 28/04 na seção variedades, vi a seguinte manchete “PM faz revista no palco de hip-hop”. Nessa notícia continha a seguinte declaração do Secretário de Cultura Carlos Augusto Calil: “Criamos condições para que o público de hip-hop, por exemplo, que tem um comportamento diferenciado, possa curtir a festa deles”.


Noite do dia 26 e madrugada de 27 de abril 2008
Desde que soube, onde seria o palco destinado ao hip-hop e a black music fiquei um tanto inquieta. Pois era no local mais afastado das outras atrações da Virada Cultural 4º edição.


Só quando cheguei ao local - Praça Cívica Ulysses Guimarães no Parque Dom Pedro, por volta das 23:40h - que pude confirmar algumas indagações.
Após sair do Terminal Pq. Dom Pedro, comecei a caminhar seguindo uma música bem distante. Passei por um corredor super escuro, cercado de grades, como se estivesse indo para uma armadilha ou um labirinto. Só continuei por verificar que havia um fluxo considerável de pessoas, indo para essa mesma direção.
Entrei em choque, quando vi uma fila de irmãos e irmãs, na sua maioria negros, sendo revistados por um número elevado de policiais militares. Não era permitido entrar com bebidas de qualquer natureza, nem mesmo água.


O local era pouco iluminado, cercado por grades e preenchido por policiais estrategicamente posicionados para agir, com suas viaturas com as portas abertas e faróis acessos. A cavalaria também se fez presente para “capturar um possível fujão que se embrenhasse mata adentro”.



O local foi denominado de “Baile Chique”, um tanto contraditório com o ambiente escolhido para inserir essa atividade. Deve ser uma abreviatura de chiqueiro, ou seja, lugar imundo.



No momento que cheguei próxima do palco, o lendário Pepeu estava cantando suas músicas e o público acompanhando em coro.
A próxima apresentação foi do grupo DMN, que iniciou com a música Racistas Otários do Racionais Mc’s: “(...)Racistas otários nos deixem em paz... Os poderosos são covardes desleais, espancam negros nas ruas por motivos banais. E nossos ancestrais, por igualdade lutaram, se rebelaram, morreram. E hoje o que fazemos? Assistimos a tudo de braços cruzados, até parece que nem somos nós os prejudicados. Enquanto você sossegado foge da questão, eles circulam na rua com uma descrição que é parecida com a sua: cabelo, cor e feição. Será que eles vêem em nós um marginal padrão?...”

Essa letra trazia o desabafo encurralado do público, que a recebeu com as mãos pra cima e cantando junto. Depois o grupo cantou suas próprias composições.
Em seqüência, o DJ Hum assumiu as pick’ups com diversas canções que recordava os grandes bailes black’s.

Por um bom tempo, nenhum grupo subiu e a tão esperada Banda Black Rio atrasou por aproximadamente duas horas.

Se o clima do ambiente no inicio era tenso, se tornou hostil percebia-se uma movimentação e aproximação muito intensa por parte da polícia. Sobe ao palco a Banda Black Rio que cantou algumas músicas. Na metade do show, o vocalista citou que ainda temos censura e ouvi o nome do grupo Racionais Mc’s. Como o som não estava nítido, imaginei que fosse a participação do Brown, mas ninguém entrou no palco e minha frustração cresceu quando a banda encerrou a apresentação.

O público dispersou e saiu da jaulinha dos pretos. Fui aos outros locais, mas nenhum chegava perto da recepção que tivemos, pouco policiamento, som de boa qualidade, bebidas circulando sem limites, o chão asfaltado, etc.
Fiquei um pouco no samba, mas para esperar circulação dos ônibus pra minha



quebrada. Não tive mais vontade de prestigiar um evento que não respeita os meus iguais.

Não é a primeira vez que o hip-hop recebe tratamento inferiorizado em relação aos demais estilos musicais, por parte da organização da Virada Cultural. Freqüento este evento desde 2006, na 2ª edição no qual homenageava os 20 anos de hip-hop na São Bento. Todos os outros gêneros tinham palcos grandes e equipamentos de som com excelente qualidade, para o hip-hop restou uma tenda que era usada como camarim pelos demais e de presente um som de péssima qualidade.



Em 2007, na 3ª edição do evento, só vou acrescentar que quando começou a ter rap no palco na Praça da Sé, a polícia começou a aparecer em grande número, o som ficou ruim e os telões foram desligados. O resto todo mundo está cansado de saber.



O que será que nos espera para a 5ª edição? Continuaremos passivos participando de atividades que não nos contempla e nos marginaliza, assistindo assim mais um capítulo desse preconceito institucionalizado?

Após Virada Cultural, 4ª edição 2008....

Balanço Rap- 105 FM – 27/04/2008
Meu domingo foi melancólico e com sentimentos de revolta, que só aumentou a noite ao ouvir o Balanço Rap. Ice Blue, integrante do grupo Racionais Mc’s relatou que o Ministério Público proibiu a participação de Mano Brown no show da Banda Black Rio. Mas não mencionou a acusação e até o momento não foi falado mais nada a respeito.


Leia também matéria na Revista Fórum: Apartheid: espaço negro é discriminado e vigiado na Virada Cultural, por: Dennis de Oliveira.
Professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, jornalista, doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, presidente do Celacc (Centro de Estudos Latino Americanos de Cultura e Comunicação) e membro do Neinb (Núcleo de Estudos Interdisciplinares do Negro Brasileiro).
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=2764



Elizandra Batista de Souza, 24 anos, poeta, estudante de jornalismo do Mackenzie, redatora da Agenda Cultural da Periferia - Ação Educativa e poeta.