quarta-feira, setembro 24, 2008

Amanhã estréia de CINEMA DE QUEBRADA


O CINECLUBE PÓLIS convida para estréia do documentário CINEMA DE QUEBRADA de Rose Satiko
Dia 25 (quinta-feira) de setembro às 19h

Debate com a diretora e coletivos de audiovisual da cidade de São Paulo

ENTRADA FRANCA
Rua Araújo, 124, centro
(próximo à estação de metrô República, esquina com a Gal. Jardim)
2174.6840 / cineclube@polis.org.br


CINEMA DE QUEBRADA

(NTSC, cor, 45 min, LISA/FAPESP, 2008)
DIREÇÃO E PESQUISA: Rose Satiko Gitirana Hikiji
ROTEIRO E EDIÇÃO: Karine Binaux Teperman
FINALIZAÇÃO: João Claudio Sena
TRILHA SONORA ORIGINAL E DESIGN SONORO: Ewelter Rocha
MÚSOCA ADICIONAL: Despetalar (O Encanta Realejo) Composição: Aline Reis
PÓS-PRODUÇÃO: André Ferraz (Estúdio Música Bacana)
IMAGENS ADICIONAIS: Giuliano Ronco, Paula Morgado, Juliana Biazetti
PRODUÇÃO: Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP)
APOIO: Fapesp

Em Cinema de Quebrada, jovens moradores da periferia de São Paulo apresentam o cinema como meio de expressão e de reflexão. Nas quebradas, fazem e exibem vídeos, questionando as representações midiáticas da periferia e construindo novas imagens a partir de suas experiências.

O filme é resultado de uma pesquisa realizada pela antropóloga Rose Satiko Gitirana Hikiji, desde 2004, sobre a produção audiovisual realizada a partir das periferias brasileiras por seus próprios moradores. Acompanhando festivais de cinema, como o Festival Internacional do Curta-Metragem em São Paulo (e a mostra Formação do Olhar), oficinas de vídeo (entre elas, aquelas promovidas pelas Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual), e o trabalho de jovens realizadores em suas próprias comunidades, a pesquisadora teve acesso a um universo de produções e questionamentos que tem como objeto ora a própria periferia e suas representações (nem sempre consideradas representativas pelos seus moradores), ora o mundo, olhado a partir das lentes de quem vive "do outro lado da ponte".

Dentre os coletivos que apresentam suas idéias e imagens no documentário, estão alguns pioneiros do "Cinema de Quebrada" em São Paulo, como o Filmagens Periféricas (de Cidade Tiradentes, ZL) e o Arroz, Feijão, Cinema e Vídeo (Taipas, ZN). Também protagonizam o filme grupos da Zona Sul, que atuam tanto na produção como na divulgação do cinema e de outras formas artísticas nas quebradas, como o Arte na Periferia, o Núcleo de Comunicação Artística (NCA) e o Cine Becos.

Os realizadores e exibidores de quebrada apresentam também seus olhares sobre a periferia e o centro - e as pontes e barreiras entre estes espaços . Em suas falas e filmes, percebe-se a força de uma reflexão inédita, em que o cinema é meio de relação e de transformação.


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