Manoel Borba Gato nasceu em 1649 e foi personagem chave na fundação da Vila de Santo Amaro. Foi um “aventureiro empreendedor” que realizou expedições em busca de pedras preciosas e ouro.
Para alcançar seus objetivos promoveu o trabalho escravo de índios e negros, além de estuprar mulheres negras e índias e de se apropriar de riquezas naturais em benefício próprio e dos colonizadores do Brasil. Assassinou o Administrador Geral das Minas, mas quando encontrou ouro em Minas Gerais pagou seu perdão por ter matado o fidalgo e voltou a ocupar cargos importantes para a coroa colonizadora.
Julgar Borba Gato é um ato de quem não se conforma com o domínio continuado de uma cultura que atende apenas aos interesses de uma classe – a que se orgulha de ser herdeira dessa história ‘quatrocentona’ e que até hoje enfia garganta abaixo de toda uma nação valores culturais que garantem a sua continuidade no poder.
A acusação
Promoção de trabalho escravo e homicídios de negros e índios;
Estupro de mulheres negras e índias;
Roubo de ouro e pedras precisas brasileiras.
O julgamento
No dia oficializado como “Dia do Índio”, artistas, índios, convidados e a população em geral vão discutir estas questões promovendo o Julgamento Popular do Borba Gato.
Não há um veredicto pré-determinado. Um júri popular será formado no local para decidir por sua absolvição ou condenação e pena.
Venha participar desta Guerrilha Cultural, pois é por meio dos valores culturais que podemos atuar em profundidade para a valorização de índios, negros e brancos e do mameluco brasileiro sem deixar ninguém de fora.
‘Toró de Parpite’
Seja parceiro de uma cultura de re-significação e transformação –
venha colaborar no planejamento da ação, dia 05 de abril às 11 h em frente a estátua.
Ação: JULGAMENTO POPULAR DO BORBA GATO
Quando: 19 de abril (sábado) às 11h00
Onde: Confluência das avenidas Santo Amaro e Adolfo Pinheiro
– em frente à estátua do Borba Gato
“Nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás”. (ditado africano)
contato julgamentopopular@hotmail.com