terça-feira, outubro 30, 2007

Filhos de Olorum - Os Crespos

A cia. Filhos de Olorum - Os Crespos trazem para Taboão da Serra o Ensaio Sobre Carolina

Espaço do Grupo Clariô de Teatro
Rua Santa Luzia, 96 - Taboão da Serra – SP. http://grupoclario.blogspot.com/

sexta-feira, outubro 26, 2007

ENTREVISTA PARA A CONTINUUM

Entrevista na revista Continuum

do Ítaú Cultural...

Por Érica Teruel Guerra

"Eu posso, sou possível." Diante de um bar apinhado de gente, o homem de camiseta verde recita pausadamente os versos que escreveu. Ao término, o som dos aplausos enche o espaço. As palavras de José Neto, autor do poema "Povo", emocionam, por resumirem bem a expectativa dos homens e das mulheres que ali se reúnem. A cena, parte do documentário Panorama - Arte na Periferia, ilustra a mobilização que está transformando a periferia.

No extremo sul da cidade de São Paulo, em um lugar que já foi conhecido como Triângulo da Morte - região de Capão Redondo, Jardim Ângela e Jardim São Luiz -, nasceu um movimento que tem por objetivo preencher o vão existente entre os meios de representação e a periferia. Para a professora de antropologia Rose Satiko, da Universidade de São Paulo, trata-se de uma tentativa de resistência: "Esse movimento é uma resposta, uma tentativa de expressão destes que não se julgam representados". Foi de uma inquietação que surgiu um dos fomentadores desse movimento, o CineBecos, que realiza projeções em becos da região, exibindo desde filmes clássicos até vídeos produzidos ali mesmo, na periferia. O projeto é coordenado por Rogério Pixote, estudante de multimeios, para quem as abordagens da periferia no cinema causavam incômodo. "Elas fizeram com que quiséssemos montar um circuito de exibição, discutir a linguagem do cinema, sua história", conta.

O audiovisual ocupa um papel de destaque nessa mobilização, fomentado muitas vezes por oficinas. Quando elas vão embora, porém, fica a vontade de criar. Assim começou a relação de Peu Pereira e David Vidad com o cinema. Após produzirem curtas em oficinas, eles se juntaram para construir um marco na história das comunidades periféricas, muito distante dos filmes que enfocam a violência da periferia como espetáculo: Panorama - Arte na Periferia (2006-2007), documentário que mergulha na produção artística dessas populações, prestigiando peças teatrais, espetáculos de dança contemporânea, saraus, shows de música. Pereira, que estuda ciências sociais, conta como o filme foi concebido: "A idéia era fazer um levantamento, um documentário a respeito da produção artística e principalmente da motivação do artista". E usar o cinema também teve um objetivo claro. "Ele assume um papel fundamental porque oferece um diálogo muito mais direto com as pessoas, por usar a música, a visão", esclarece Vidad, estudante de filosofia.

Mercado próprio
A qualidade dos trabalhos produzidos pela dupla não significa que não haja dificuldades para realizá-los. Conseguir todos os equipamentos, por exemplo, é muito caro. Mas a dificuldade é positiva no sentido de que abre espaço para uma possível inovação na linguagem do cinema. "Se não temos um trilho, por exemplo, vamos ter de improvisar", opina Pereira, que elogia o programa Valorização das Iniciativas Culturais (VAI), da Prefeitura de São Paulo, que dá apoio financeiro sem burocracia e com total liberdade de criação. Outro momento complicado é o da exibição. Com o acesso às salas de cinema bastante restrito, eles tiveram de buscar uma saída criativa. "Em vez de criar uma dependência do grande mercado, criamos o nosso próprio", conta Vidad. Além de videoteca popular e exibições alternativas, as produções da periferia ganharam espaço no Festival Internacional de Curtas de São Paulo, na seção KinoOikos - Formação do Olhar, que exibe trabalhos realizados em comunidades. A coordenadora do projeto, Moira Toledo, afirma que a sessão foi ampliada desde sua criação, em 2002. "A grande novidade deste ano ficou por conta do lançamento do site KinoOikos, em que disponibilizamos, para visualização e download, boa parte da produção audiovisual exibida desde 2004."

Também retratada pelo documentário Panorama - Arte na Periferia, a companhia de dança Sansacroma surgiu na região de M'Boi Mirim. Dirigido pela coreógrafa Gal Martins, o grupo trabalha com dança e teatro contemporâneos e cultura afro-brasileira em espetáculos como Imagens de um Só-Lano, último trabalho da companhia, que conta a história do poeta pernambucano Solano Trindade. Para Gal, a valorização das origens é essencial para mudar a realidade, marcada pelo preconceito. "A identidade é concebida como possibilidade de compartilhar coletivamente a existência", diz, "e é por meio dela que se constrói a igualdade na diversidade".

A imagem da violência na periferia, cultivada de fora para dentro, tende a ficar em segundo plano: "Não queremos reportar a violência, estamos falando da ebulição artística que está acontecendo e de como esse movimento é transformador", explica Pereira. A crença no poder de modificação social por meio da arte dá ainda mais força a esses produtores culturais, que, comprometidos com suas origens, revelam que a mobilização está apenas começando. Nos blogs dos projetos, é possível ler "Vem aí a Primeira Semana de Arte Moderna da Periferia".

Blogs

Panorama - Arte na Periferia: www.artenaperiferia.blogspot.com
CineBecos: www.becosevielaszs.blogspot.com
Cia. Sansacroma: www.ciasansacroma.blogspot.com

1ª Mostra de Cinema Africano na Ação Educativa


“Semeando Relâmpagos: Riquezas e reveses do continente”
Curadoria: Luciane Ramos
Acervo: Casa das Áfricas
Quantas realidades há em África? A dimensão continental entremeada por 30,34 milhões de km2 entre savanas, florestas tropicais, desertos e cidades turbulentas, surpreendentes - sugere a variedade de culturas e composições sociais. Se plurais são suas paisagens, há que se lembrar que seus contornos políticos e econômicos, apesar de diversos, mesclam problemáticas semelhantes.
A intenção desta mostra, ainda um embrião de horizontes, é trazer um pouco das várias faces africanas através de produções realizadas nos últimos 25 anos – lentes, focos, ângulos, mãos e cabeças fitando realidades e retratando contradições, tirando da sombra experiências e opiniões pouco conhecidas por nós brasileir@s, apesar das espessas raízes ancestrais que nos atravessam.
O cinema africano, nascido em meados dos anos 60 com os movimentos de independência e o fim da colonização oficial, marcado por produções autônomas, chega em passos lentos nas telas brasileiras, assim como nos circuitos comerciais de distribuição no mundo (que se diz globalizado!).
Trazemos uma pequena mirada da pluralidade cultural sem perder de vistas as perspectivas sociais e políticas, reveses e heranças do colonialismo. As produções que aqui exibimos são algumas das muitas formas de representação do continente e suas realidades inquietantes.
Se vivemos tempos de tecer novos caminhos sobre as experiências do continente africano, eis aqui um pequeno passo. É tempo de semear trovões.
Luciane Ramos
Sinopses
29 de outubro – 19hs
· A pequena vendedora do “sol” (Djibril Diop Mambety , Senegal/França, 1998, 43´ )
Título original: La petite vendeuse de soleil
Legendas em português
Nas ruas de Dakar são os meninos que monopolizam a venda de jornais. Sili, garota de 12 anos portadora de deficiência física, decide que também pode ser mercadora de notícias
. No decorrer de suas aventuras, conhece Babou, uma amizade que se afirma perante a rivalidade dos pequenos vendedores de jornais.
· A partida de uma máscara ( Philippe Cassard. Mali/ França, 1995, 30´ )
Título original: L´Envol d´un masque
Legendas em português
Uma máscara deixa sua vila interiorana e ruma para a cidade, confrontando-se com o urbanismo e a confusão da cidade. Movimentando-se da savana ao asfalto revê os valores tradicionais, suas sabedorias e as ironias do progresso.
05 de novembro – 19hs
Moolaadé (Ousmane Sembene, França/ Senegal, 2005, 120´)
Legendas em espanhol
Em muitas sociedades africanas é comum à prática da circuncisão feminina. Num povoado, meninas fogem para escapar do ritual de purificação e encontram mulher que recorre a proteção sagrada de Moolaadé, o que provoca confrontos e pressões na comunidade.
12 de novembro – 19hs
· Fela Kuti – A arma é a musica (Stéphane Tchal-Gadjieff e Jean Jacques Flori , França/ 2002, 53´)
Título original: Fela Kuti – Music is the Weapon
Legendas em português
Documentário sobre a vida turbulenta de Fela Anikulapo Kuti, o criador do afrobeat (gênero musical que funde os ritmos do oeste africano com o jazz norte americano). Referência para muitos músicos e pensadores negros, o “presidente negro”, foi um constante questionador das corrupções políticas, injustiças, desigualdades na Nigéria e colonizações em África. Protagonizando a narrativa, Fela nos leva à República de Kalakuta, uma comuna auto declarada independente, e à notória casa noturna “Shrine”, zona de perigo para o governo nigeriano.
· Deixem-nos! (Marc Garanger, Costa do Marfim/ França, 2001, 26´)
Título original: Abandonnez – nous
Legendas em português
Depoimento de Georges Niangoran, antropólogo e diretor de Centro de pesquisa em Abidjan, que aponta as feridas causadas pelo colonialismo e as urgentes medidas que devem ser tomadas para que a África possa afirmar seu próprio progresso.
19 de novembro – 19hs
· A árvore dos antepassados (Licínio Azevedo, Moçambique, 1994, 50´)
Durante 15 anos de guerra, um milhão e meio de moçambicanos tiveram que se exilar nos países vizinhos, sem tempo inclusive para despedidas rituais aos seus mortos. Em 1984, em mais um deslocamento forçado, um homem é escolhido para levar a família ao Malawi, país fronteiriço com Zâmbia, Tanzânia e Moçambique. Dez anos mais tarde, a família retorna para recomeçar a vida e se reconciliar com os antepassados. O filme é a história do regresso.
· As pitas (Licínio Azevedo, Moçambique, 1994, 50´)
Diante de uma tv, assistindo longas sessões de telenovelas, no interior de Moçambique quatro jovens amigas, partilham problemas comuns como a traição do coração, a corrupção de um professor ou amores que surgem. No cotidiano de sua cidade interiorana, uma delas não hesita em recorrer à magia para seduzir um rapaz. As conseqüências são imprevisíveis.
26 de novembro – 19hs
Palestra de encerramento com o sociólogo moçambicano Carlos Subuhana. USP/Casa das Áfricas

quinta-feira, outubro 25, 2007

Escritor Sacolinha no Jô

Ontem cheguei em casa e liguei a TV, Programa do Jô. Me deu uma imensa dor no coração, afinal em um país com tanta mulher inteligente, o Jô prefere convidar um bando de tagarelas para discutir assuntos tão caros.

Acho que a produção quis se redimir e convidou o escritor Sacolinha.

Pior do que os debates do Jô, só mesmo os do ex-Lobão na MTV. Pensando bem, é melhor não ranquear.

Firmeza Sacola!!

quarta-feira, outubro 24, 2007

TROPA DE ELITE É UM OSSO DURO DE ROER!

Assisti o Tropa de Elite, finalmente, e confesso que foi o cabritão, portanto peço desculpas à Universal Pictures que sofreu pilantragem de seus funcionários mal intencionados que botaram o filme no mercado negro (finjo que acredito).

Pois bem, vamos lá.

O filme é muito bem produzido, é verdade. Trata alguns assuntos de nossa sociedade de uma maneira muito interessante, porém não acredito que exista uma imparcialidade ou um certo amoralismo de todas em todas as partes, longe disso. Conversa pra boi dormir.

No filme de José Padilha, a polícia não presta, os jovens da classe média maconheiros sustentam o tráfico e o BOPE... Ah, o BOPE não é polícia, é incorruptível, determinado, bem preparado, bem equipado. Eles matam, chegam metendo bala mesmo, mas o que fazer quando não existe outra saída? Só o BOPE salva o Rio, por isso tem permissão para matar ora!

O interessante é observar como o cinema pode agir diretamente na realidade e vice-versa. A imprensa. Recentes imagens ao vivo nos mostraram uma mega operação da polícia carioca num morro no RJ, com direito a helicóptero e pessoas correndo sendo alvejadas, rolando morro abaixo.

Quantas imagens como aquelas as TVs não veicularam, provavelmente as emissoras tinham receio em causar uma má impressão da polícia. Mas agora, sem problemas. Podemos assistir comodamente o Vietnã carioca do sofá enquanto o BOPE faz seu trabalho, acabar com a podridão.

Mais um filme nacional de grande bilheteria, seguiu direitinho a cartilha do Cidade de Deus, na montagem (só um pouco mais lenta), na luz, só manerou na câmera tremida.

O resto? O mesmo esquema. Fazer o que?

Já sei, vou bolar um roteiro: Viva a ROTA!!!! - Antes que alguém faça um Rambo tupiniquim.

A PERIFERIA COMO AUTORA DE SUA IMAGEM




O cinema sempre foi uma coisa de curioso, bisbilhoteiro. Os dois irmãos lá, os Lumiére, pegavam as câmeras e saiam para filmar outros paises. Pessoas passeando pra lá e pra cá, costumes, culturas. Era isso, o olhar viajante na cara de quem nunca tinha tirado os pés, muitas vezes, do seu próprio bairro, ou como no Nanook - o esquimó, um documentário que encena a vida do herói que vive no gelo, o dono da câmera quer saber da vida do cara que mora num lugar tão frio e se a vida de quem mora no gelo for sem sal e açúcar, não tem problema, o cara da câmera dá uma ajeitadinha aqui, outra ali, vem daqui, vai prá li.

Perfeito!

A realidade sempre foi vista e interpretada através de filtros, sempre foi uma representação. No cinema? Vixi!

A coisa começou a ficar preta mesmo, ou melhor, branca até demais, quando um sujeito, o Griffith, também resolve fazer cinema, e o cara fez uma coisa com começo e fim, tudo separadinho, arrumadinho, pronto para enlatar. De quebra, sua representação da realidade sustentava o Nascimento de uma nação, uma nação branca, até a alma, e superior a qualquer tipo de gente. O cinema de Griffith é uma homenagem aos racistas dos Estados Unidos e em especial a Ku-Klux-Klan, aqueles caras de capuzes brancos que queimavam negros na fogueira aos pés da cruz nos Estados Unidos.

Fato é que o cinema enlatado do Griffith até hoje é o sucesso de Hollywood.

E o que a periferia tem haver com isso?

A periferia sempre manteve uma sintonia direta com algumas das linguagens presentes na Semana de Arte Moderna da Periferia, a literatura com o cordel, com o rap, com a embolada, com teatro, com a pintura. Nossa, a parada vai longe.

Mas no caso do cinema e das outras linguagens audiovisuais o buraco é mais embaixo. Quase sempre autores extremamente longe da periferia, embora na maioria das vezes esse seja o alvo, as realizações não são nada populares.

Assim como Griffith até hoje é vendido e utilizado como estrutura de ficção cinematográfica para quase todo o mundo, os Nanooks também estão aí.

Nós, a periferia, somos um dos esquimós da vez, os exóticos, a nação a ser interpretada, o objeto de estudo do ditador da câmera.

Mas e se..., unmn, e se os esquimós agora quisessem e pudessem deixar de serem o objeto de análise, pudessem deixar de serem o resultado das interpretações e serem o agente representativo o cinema seria diferente?

A película é extremamente cara, mas será que através do vídeo e demais tecnologias mais baratas outras representações podem surgir fugindo de grandes estereótipos, seja no cinema ou na TV? Será que realmente poderemos fazer o cinema sambar?

Bom, estamos aí, metendo as caras! Uma produção da margem que não é do Cinema Marginal e que uma das fomes é a da estética, da linguagem, da possibilidade.

Rogério Pixote

Nanook, o esuimó é um documentário filmado por Robert Flaherty com esquimós canadenses em 1922.

O Nascimento de uma nação, D.W. Griffith, 1915

III FÓRUM SOCIAL SUL-SP

Rua: Luís Baldinato, 09 – Jardim Ângela

CEP 04935-100 - Fone: (011) 5831- 2612 R206

www.forumsocialsul.org.br

1. JUSTIFICATIVA DO EVENTO

Há sete anos acontece em janeiro, com uma força surpreendente, o Fórum Social Mundial, com milhares de pessoas, envolvidas no Movimento Social Mundial reafirmando que "Um outro mundo é possível!".

Neste cenário globalizado, nós, representantes da sociedade civil da região Sul de São Paulo, Embu, Itapecerica, Taboão, Embu-Guaçu, Grajaú, Cidade Ademar, Jardim Ângela, São Luiz, Campo Limpo e Capão Redondo e adjacências, realizamos o Fórum Social Sul-SP, (que aconteceu de 28/04/2004 a 01/05/2004 e de 29/10/2005 a 02/11/2005, tendo a participação 7.000 pessoas aproximadamente. Participantes escritos em oficinas e painéis, orientados, pela Carta de Princípios do Fórum Social Mundial,. O tema para orientar os debates e oficinas, "Uma outra periferia é possível, necessária e urgente!" , gerou vários debates através dos temas: Desenvolvimento Sustentável, Águas e Meio Ambiente, Educação, Segurança Alimentar, Organização Popular e Políticas Públicas, Saúde e Cultura da Paz.População atingida por impacto de divulgação 21 mil pessoas.

Neste ano está sendo organizado o III Fórum Social Sul, que acontecerá de 25 a 27 de outubro de 2007 no mesmo formato dos anteriores. Queremos ser apenas mais propositivos nos painéis e mostrar todas as riquezas que existem na periferia através dos trabalhos das pessoas e organizações diversas.

2. OBJETIVO

Ser um espaço aberto de encontro para o aprofundamento da reflexão, o debate democrático de idéias, a formulação de propostas, a troca livre de experiências e a articulação para ações eficazes, de entidades e movimentos da sociedade civil construção de alternativas sócio política e econômica na Região Sul da Cidade de São Paulo e municípios vizinhos, acreditando que "uma outra periferia é possível necessária e urgente".

3. DIAS DO FÓRUM SOCIAL SUL- sp 2007

Período: de 25 a 27 de Outubro de 2007

Data

Horário

Local

Painel

25/10/07

18h00

Rua Luís Baldinato, 09


26/10/07

09h00

Rua Luís Baldinato, 09

Cultura da Paz

26/10/07

14h00

Rua Luís Baldinato, 09

Saúde

26/10/07

19h00

Rua Luís Baldinato, 09

Educação

27/10/07

09h00

Rua Luís Baldinato, 09

Tribunal Popular

27/10/07

14h00

Rua Luís Baldinato, 09

Meio Ambiente

27/10/07

19h00

Rua Luís Baldinato, 09

Cultura

27/10/07

21h30

ENCERRAMENTO

Após o Painel de Cultura

No decorrer destes dias, no intervalo dos painéis, acontecerão oficinas temáticas diversas de acordo com o interesse de entidades, escolas, movimentos ou outros grupos que queiram desenvolver seus trabalhos e também feira de economia solidária e diversas apresentações culturais.

terça-feira, outubro 23, 2007

MANIFESTO DO OLHAR VISCERAL

Durante os preparativos para a Semana de Arte Moderna da Periferia núcleos ligados ao audiovisual da zona sul de São Paulo elaboraram o seguinte manifesto sobre o circuito alternativo de produção, distribuição e exibição audiovisual.
O manifesto não nasce da necessidade de se criar dogmas ou diretrizes, foi criado com a intenção de levantar o debate tanto estético quanto social e político das recentes realizações.
O manifesto é aberto para todos os grupos que se identificarem com o debate.


MANIFESTO DO OLHAR VISCERAL

Sou viela, ciranda ou morro.

O corpo. As vísceras.

Reivindicando a alma seqüestrada há mais de 500 anos.

O vídeo-artesão na linha de montagem feita de organismo vivo; gerado da necessidade de representar o universo que nos circunda.

O nosso vídeo se faz à imagem esculpida do puro caos ordenado no calor da noção de quem não só filma, mas se filma ao narrar sua própria história pela lente fria da câmera.

O olhar em desintoxicação!

Uma ofensa ao pobre cinema-manso, à mediocridade da novela nossa de cada dia.

Nossa estética é a da procura, a do resgate, a do encontro, da experimentação.

Olhar quilombola que ofusca e risca a imagem dos borba-gatos da colonização cultural.

Sabotagem na linha de reprodução de estereótipos.

Celebração do personagem vivo, do personagem-alma, da periferia viva.

O encontro entre personagem, espectador e realizador, um na bolinha do olho do outro.

Em busca da cinemateca perdida criamos nossos cineclubes-avessos em bares, escadões, becos, nossas quebradas...

Periferias como centro. Periferia do universo, do mundo, do país, da cidade, dialogando com nossos sentimentos.

E... nosso nome não é Zé Pequeno!!!!!!!!!!!!!

SEMANA DE ARTE MODERNA DA PERIFERIA

PROGRAMAÇÃO:

DOMINGO: 04/11 às 11h00 – C A M I N H A D A C U L T U R A L
Trajeto entre o Largo do Socorro e Casa de Cultura M’Boi Mirim (Lgo de Piraporinha)

SEGUNDA: 05/11 – A R T E S P L Á S T I C A S
11h00 – Oficinas de artes plásticas
19h00 – Exposição coletiva com artistas da periferia.Expositores: Ricardo Akemi, Boicote, Ganu, Jair Guilherme Filho, Marcus Vinicius,Michel Onguer, a trajetória vivida na periferia.
Local: SACOLÃO DAS ARTES End: Av. Cândido José Xavier, 577 – Parque Santo Antonio

TERÇA: 06/11 – D A N Ç A
TARDE:14h00 - MOSTRA DE VIDEO
14h30 - PALESTRA / DEBATE
15h30 - WORKSHOP / DANÇAS-intervenções poéticas (em todos os intervalos)
NOITE:18h00 - MARANA CAPOEIRARoda de capoeira: Angola / Regional.
18h30 - FLOR DE LIS (grupo da melhor idade)Coreografia: Dança Indígena
19h30 - PROJETO DIVERSIDANÇA Coreografia: Danças da Peneira (Flor de lis)
20h00 – CIA. SANSACROMA (afro contemporâneo)
20h30 – ESPÍRITO DE ZUMBI (Afro Brasileiro)
Local: CEU CAMPO LIMPOAv. Carlos Lacerda, 678 – Campo Limpo

QUARTA: 07/11 – L I T E R A T U R A
17h00 – DEBATE: “A produção literária na periferia”,Debatedores: Alessandro Buzo – Sacolinha, Elizandra Souza - Antonio Eleilson. Mediação: Sérgio Vaz
Local: CASA POPULAR DE CULTURA M’BOI MIRIM
Av. Inácio Dias da Silva, s/nº - Piraporinha.
20h00 – SARAU DA COOPERIFALocal: BAR DO ZÉ BATIDÃOR. Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana

QUINTA – 08/11 – C I N E M A
16h00 - Dança das Cabaças - Exu no Brasil - 54´
17h15 - Poeira - 5´O Último da Fila - 10'A Viagem – 12´Paralelo: Espasmos de Realidade - 16'
18h15 - Defina-se - 4´Nhanhoma Paulista - 2'Cosmolho - 3'
19h15 - Onomatomania - 2´2 Meses e 23 Minutos - 23' Panorama: Arte na Periferia - 50´
20h30 – CONVERSA ENTRE CONVIDADOS E PÚBLICO
19h00 – Exibição de vídeos no Terminal Capelinha
Local: CEU CASABLANCAR. João Damasceno, 85 – Vila das Belezas

SEXTA: 09/11 – T E A T R O
08h30 - Café da manhã e colóquio com coletivos teatrais
11h00 - Band'doido apresenta "... Não é contar piada!”.
14h00 - Cia. Diarte Teatral apresenta "Fragmentos de um poeta"
16h00 - UMOJA apresenta demonstração de processo do espetáculo "Quem me pariu?"
17h30 - Capulanas apresenta performance "Negra Poesia"
18h00 - Ação e Arte apresenta performance com trecho do seu novo espetáculo "X"
19h30 - Brava Companhia apresenta "A BRAVA"
Local: CENTRO CULTURAL MONTE AZULAv. Tomás de Souza, 552 – Jardim Monte Azul

SÁBADO: 10/11 – M Ú S I C A
16h00: Show com os grupos: - Trio Porão16h45 - Chapinha do Samba da Vela e Pagode da 27
17h30 - Wesley Noog
18h10 - B Valente
18h55 - Os Mamelucos
19h50 - Banda A
20h40 - Periafricania
21h35 - Preto Soul
11h05 - Versão Popular
Local: CASA POPULAR DE CULTURA M’BOI MIRIMAv. Inácio Dias da Silva, s/nº - Piraporinha

Ensaio sobre Carolina - Os Crespos

A cia. Filhos de Olorum - Os Crespos utiliza ironia, dramaticidade e cenário com uma incrível sensibilidade.O público é convidado a conviver com a experiência e a literatura de Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de Despejo, indigesta escritora para a elite branca brasileira.

Os Crepos farão duas apresentações no centro e depois seguirão para Taboão da Serra.
mais informações:www.galquaresma.blogspot.comEspaço MaquinariaRua 13 de maio,240. Bixiga

sexta-feira, outubro 19, 2007

casa de cultura do m boi mirim, 28/10




Pro cinema sambar



Nessa quinta-feira. Clique na figura.

segunda-feira, outubro 15, 2007

O CineBecos abre inscrições para a oficina teórica de cinema

A oficina será ministrada por Renato Candido, graduado em audiovisual pela ECA-USP. Nos encontros, serão abordados desde o neo-realismo italiano até as recentes produções de vídeos da periferia.

Sábados das 14h às 17h - início 20/10

na Associação dos Moradores do Jardim Copacabana - Rua Antonio Vitor Oliveira, 6A - rua ao lado do Term. Jd. Ângela - atrás do colégio Mário Marques.

Inscrições por e-mail ou no local
umpixote@gmail.com
tsuroju@yahoo.com.br

II Mostra Pulista de Cinema Nordestino

O CineBecos e NCA juntamente com a Mac Media apresentam a II Mostra Paulista de Cinema Nordestino no sarau do Binho e na Cooperifa.

22/10
Sarau do Binho
20h - A Morte do Rei de Barro
de Plínio Uchôa e Marcos Buccini (PE)

20:03h - O Céu de Suely
de Karim Aïnouz (CE)

Rua Avelino Lemos Júnior, 60 - Campo Limpo


24/10
Cooperifa
20h - Vermelho Rubro Céu da Boca
de Sofia Federico (BA)

Cabaceiras
de Ana Bárbara Ramos (PB)

O Leviatã
de Camilo Cavalcante (PE)

No fiel da balança
de Francisco Colombo (MA)

Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu Silva, 797 - Jd. Guarujá

CINEBECOS NA COOPERIFA

Atenção senhoras e senhores!!

Dia 17, próxima quarta-feira, no sarau da cooperifa, cinebecos apresenta os vídeos:

EVOLUCIONÁRIO

Vídeo-clipe do músico Sales

VAGUEI OS LIVROS E ME SUJEI COM A M... TODA

de Akins Kinté, Mateus Subverso e Allan da Rosa

às 20h - grátis

bar do Zá Batidão - rua Bartolomeu dos Santos Z/S - F: 7620 6233

quarta-feira, outubro 10, 2007

2 MESES E 23 MINUTOS na Lapa

Nesse domingão, o filme 2 Meses e 23 Minutos no histórico Tendal da Lapa

Pts, arte moderna????????????????
Não. Arte Moderna da Periferia, entendeu?