terça-feira, dezembro 19, 2006

Encerramento das atividades do cine becos



Para fechar o ano de 2006 com chave de "Diamante" o cineBecos reuniu numa noite gostosa de sábado as periferias paulistanas- sul + leste. Com a presença da galera da Brasilândia que compartilhou sua produção cinematográfica e também com os saudosos do NCA,[Núcleo de comunicação alternativa] que lançaram o documentário Solanidade, que faz uma Biografia de Solano Trindade.
Este ano fui muito bom para o cineBecos, pois encontrou grandes parceiros ao longo do ano.
Para quem, ainda, não pode ir a nenhuma das exibições aguarde o próximo ano, pois seus domingos serão bem fantásticos: assistindo os filmes produzidos pela própria comunidade e discutindo temas importantes para o nosso bairro.Até mais, agora confira as fotos.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

20 de novembro de 2006


Kennya, Rose, Duguetto, Cavanha e Robson Canto no caminhão de som
Xande e Carlão com a consciência negra na rua

Fotos: Rogério Pixote
Parabéns Ponte Preta Taboão pelo 12 de outuro maravilhoso

Espírito de Zumbi no evento
fotos: Rogério Pixote

quarta-feira, dezembro 13, 2006

O poeta Binho no filme Panorama: Arte na Periferia
As quebradas da zona sul já estão na boca do povo cidade à fora pela força das manifestações artísticas que brotam em tudo quanto é canto, grupos de teatro, bandas, ..., e saraus como os do B. Binho (Bar do Binho) o poeta que pendurava poesias nos postes da cidade e filho do Mestiço, que há miliano atrás sonhava com uma produtora de cinema na região.
B. Binho: Rua Doutor Avelino Lemos Junior, 60 Campo Limpo (ao lado da Uniban)
fone:5844 6521. toda segunda 20:30

Possivel capa do Becos 8

IMAGENS DE UMA VIDA SIMPLES, SOLANO TRINDADE





Para fechar 2006 com as devidas honras que nossos artistas merecem, o Cinebecos promove o coquetel de lançamento do vídeo-documentário IMAGENS DE UMA VIDA SIMPLES e do espetáculo SOLANIDADE, sobre a vida e obra do poeta, teatrólogo e pesquisador da cultura afro-brasileira Solano Trindade.
A produção, direção e concepção foi feita pelo NCA (Núcleo de Comunicação Alternativa) em parceria com a Cia. Teatral Sansacroma.

Solano Trindade, o poeta do povo, foi um dos responsáveis pela eclosão de manifestações artisticas da cidade de Embu, daí o nome Embu das Artes, fundador do Teatro Popular Brasileiro e um dos ícones da consciência negra.



16/12 - SÁBADO - 18h - Av. Ivirapema 42A Jd. Ranieri - 5831 5954 - 3453 0433

dois pontos de ônibus acima do Terminal Jd. Ângela - GRÁTIS


segunda-feira, dezembro 04, 2006

DIA 14 - DEZ- 2006 - LANÇAMENTO DOS CADERNOS NEGROS 29


LANÇAMENTO DOS CADERNOS NEGROS VOLUME 29: UM RECORDE

Autores
Ademiro Alves (Sacolinha), Allan da Rosa, Andréia Lisboa, Carlos
Gabriel, Cristiane Sobral, Cuti, Décio Vieira
Edson Robson, Edson Silva, Eduardo de Oliveira, Élio Ferreira,
Elizandra, Esmeralda Ribeiro, Graça Graúna
Helton Fesan, Jamu Minka, Jônatas Conceição, Landê Onawale, Lourenço
Cardoso, Luis Carlos de Oliveira
Márcio Barbosa, MeL Adún, Miriam Alves, Oubi Inaê Kibuko, Ruth Saleme,
Serafina Ferreira, Sergio Silva,
Sidney de Paula Oliveira, Tico de Souza


Dia 14 de dezembro, quinta-feira, a partir das 19h
Lançamento do livro CADERNOS NEGROS volume 29, poemas afro-brasileiros
Local: SESC CONSOLAÇÃO - R. Dr. Vila Nova, 245 (próx. Mackenzie) -
Metrô República
Performances dos atores Lia Jones, Marco Xavier e Mafalda Pequenino
(ex-Turma do Gueto) - participação Thiago
Mini-seminário: A Lei 10.639 e os desafios para a Literatura Afro-Brasileira

Entrada franca - Traje a seu gosto (se quiser, venha com uma roupa afro)
Preço de lançamento do livro: R$ 20,00 (pós-lançamento: R$ 23,00)

DIA 10 - DEZ- 2006 - Oficina: "Ensinando e aprendendo a história da África






PAPEL JORNAL E CINE BECOS CONVIDAM PARA:

1 – Das 10h às 17h - Oficina: "Ensinando e aprendendo a história da África" com Patrícia Santos, professora de história da África na UFSC.

2 – Às 18h: Cine Becos exibirá o documentário "Escritores das Fronteiras”.

"Ensinando e aprendendo a história da África"

Um estudo das propostas nacionais para o ensino de História da África e do negro no Brasil, nos níveis fundamental e médio, favorecidas pela Lei 10639/03. Além disso, desenvolverá a análise das discussões teóricas sobre a temática e as relações possíveis que estabeleceram com os parâmetros curriculares nacionais (PCNs) e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

• O ensino de História da África e a construção das nações em África – os primeiros parâmetros.

• Os movimentos sociais na América Latina nos anos 60 e 70 do século XX e as visões sobre a África.

• A Lei 10639/03 – a trajetória de um projeto.

• Visões sobre o ensino de História da África – os atores sociais dos anos 80 e 90 do século XX no Brasil.

• Novos objetos do ensino de História da África e do negro no Brasil

"Escritores das Fronteiras”

O documentário "Escritores das Fronteiras" (2004) dirigido por Samir Abdallah e José Reynes, acompanha a visita de oito escritores do Parlamento Internacional (José Saramago entre eles) ao poeta palestino Mahmoud Darwish, depois de o Exército israelense ter invadido o centro cultural.
Após a exibição haverá um debate com o prof. Paulo Farah.

A Papel Jornal – Associação de Incentivo às Comunicações, é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve o projeto “Oficina Experimental de Jornalismo” voltado para jovens da região do Jd. Ângela, zona Sul de SP.

Quando: 10/12/206 (domingo).
Público-Alvo: Educadores e comunidade
Local: ONG Papel Jornal – Av. Ivirapema, 42A Jd. Ângela (altura do no. 6100 da M’Boi Mirim)
Inscrições: (11) 925198 95 c/ Nilda – nyldarodriguez@uol.combr
Gratuito – 50 vagas

sábado, dezembro 02, 2006

quarta-feira, novembro 29, 2006

cinebecos no Panelafro

No dia 24 de novembro, último Panelafro do ano, reuniu apresentação de diversos grupos musicais, artísticos e culturais.Dentre esses grupos o estava o cineBecos que exibiu alguns filmes relacionado a temática do negro já que é o mês da consciência negra. Confiram as fotos da festa.





sexta-feira, novembro 24, 2006

III Marcha da consciência negra

Na última segunda, 20 de novembro fez 311 anos que Zumbi dos Palmares foi assassinado e esquartejado a mando da aristocracia, a elite da época. E há 35 anos essa data é a referência, para a mobilização dos negros para conquistar seus direitos e também combater o racismo além de valorizar a identidade afro descendente ou afro brasileira.
Para comemorar esse feriado os grupos organizados do movimento negro e de relações inter-raciais comemoram a data com a III marcha da consciência negra que reuniu cerca de 12 mil pessoas para fazer com que a sociedade reconheça a dívida histórica com os afro descendentes e lutem por políticas públicas eficazes para os afro brasileiros na educação e na sociedade de um modo geral e também protestar a invisibilidades do negro no Brasil.


quarta-feira, novembro 08, 2006

terça-feira, outubro 31, 2006

Cotas um desabafo

Há alguns dias um grupo de jovens foram presos com cartazes racista onde tinha um negro desenhado e uma frase que dizia que os negros estavam tomando as vagas deles nas universidades. E que eles “os brancos” não podem ficar quietos perante a tal acontecimento.
E preciso que eles" os brancos" tomassem medidas mais serias antes que os " negrinhos" retirasse as oportunidades e é deles por direito.
Como protesto a essas atividades nazista alguns grupos estão se organizando e vão com que for preciso, destruir a semente de um neo-regime hitlerista.
Enquanto isso Akins Kite desabafa sua cólera em forma de poesia.

Pro Brasil é o cumo
O preto que se aproa
Dificultam e aprumam
Em suas prisões no resumem
Pro preto é um crime
Esse Brasil que some
Cheio de brio rume
O que é seu de direito tome
Agora vai ser assim
Preto que se assume
Brasil que some
De a nós o que é nosso
Ou o pau - come
COTAS JA...

segunda-feira, outubro 30, 2006

Poesia e fotografia

Os alunos da oficina experimental de jornalismo, do becos e vielas, deixaram suas impressões sobre a aula de fotografia em forma de poesias vamos conferir alguns desses textos.

Fotografar

A vida anda,
o mundo anda,
As pessoas andam.
tudo transitando
sendo capaz de entrar dentro de um retângulo.
Retratar,
Deixar retratar
Fazer retratar
No cotidiano há segredoa
que somente a visão é capaz de revelar
É só esperar a luz bater
Por Jefferson S. de Jesus
Fotografar
Os passáro
O preto e branco
A nuvem
os prédios
As formas geométricas
O esperar
A visão
O enquadramento
O momeno decisivo
A mulher torta
A natureza
O espaço
As pessoas
Os movimetnos
Os sentidos
As expressões
A época
A sombra
As crianças
A bailarina
As torres gêmeas
O passáro que parecia um avião
AS torres que parecia uma só
Do alto
Do lado
O ponto de fuga
A profundidade de campo
Um lugar
Uma possibilidade
Uma hitória
Janaina da Silva Quirino

sábado, outubro 28, 2006

As bicicletas de Belleville



Domingo 5/11 ás 17 h na sede do Becos eVielas Av. Ivirapema 42A
Jd. Ranieri (um ponto de ônibus após a padaria menininha).
Tels: 5831 5954 - 5833 5071

terça-feira, setembro 19, 2006

ultimas exibições do cine becos

No ultimo domingo 17, nos do cine becos exibimos na sede do jornal Becos e Vielas, o filme "13º distrito" um longa que retrata a relação de independencia de um bairro e o estado, sem controle, quer exterminar . Após a exibição conversamos, um pouco, com o público sobre o tema abordado no filme:quais as medidas para tentar solucionar o problema e se havia alguma semelhança entre o bairro do filme com o bairro que moramos.
Longo em seguinda pegamos nossos equipamentos e fomos para o Jd. Nakamura, fazer mais uma exibição itinerante. Foi emocionante. Passamos dois curtas para a comunidade que marcou presença, cerca de mil pessoas poderam assistir aos curtas e também curtiram o show que rolava desde as 19hora. Evento organizado pela família Oliver.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Cinema na quebrada

Sessão de Cinema Gratuita

Filme: Uma Onda No Ar

18/08 Sexta feira às 18h00
Local: Campinho, Rua Primo Morati (próximo à avenida Fim de Semana)
19/08 Sábado às 18h00
Bloco do Beco, Rua Salgueiro do Campo, 383, Jd. Ibirapuera
Realização: Mucca

quinta-feira, agosto 17, 2006

Uma tarde para ouvir e contar historias

Encontro sobre Contação de histórias africanas na ONG Papel Jornal
Dia 19/08 – Sábado – às 14h30
Neide Almeida, coordenadora do Museu Afrobrasil, é a convidada da ONG Papel Jornal para falar sobre a importância da preservação da tradição oral e da prática de ouvir e contar histórias para a construção do imaginário e da identidade, especialmente às histórias e experiências brasileiras e de origem africanas.
Os participantes terão a oportunidade de ouvir histórias contadas e lidas e iniciar uma reflexão a respeito da importância da narrativa oral na preservação da memória e na construção do imaginário e da identidade.
Local: ONG Papel Jornal - Ivirapema, 42A Jd. Ranieri ( próimo do terminal do jardim ângela)
Informações: 5831 5954 c/ Juliana Santos das 12h às 16h.

Mãe preta, me conta uma história...
Então fecha os olhos filhinho:
Longe, longe era uma vez o Congo. Despois...'"
(Raul Bopp).

segunda-feira, agosto 07, 2006

Poesia Nômade do Poeta periferico Sales

O Dia Termina
No terminar um novo começo
Sinto saudades de meus amigos
Do meu antigo endereço,
Tenho lembranças de minha origem
Minha infância no litoral
Inevitável ingressar no nomadismo
E circular território nacional.
Assim é a vida de um nordestino
Ao relento, empurrado pelo vento.
A procura dum destino
A sorte influência;
Mas não predomina não
Muitos têm sorte e sem projeto
A caminhada fica em vão.
Tenho recordações de um nordestino
Que na vida venceu
Mas a batalha foi sofrida
Lhe custou toda uma vida
E o nordestino adormeceu.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Debate sobre a Educação

O Fórum de Juventude de São Paulo (FJSP) realizará nodia 05 de agosto (sábado) um debate sobre educação ejuventude. A proposta faz parte dos esforços do FJSP deformulação de uma plataforma de políticas dirigidasaos jovens do Estado de São Paulo, que será entregueaos candidatos ao governo estadual.O FJSP é um espaço de articulação de grupos,movimentos e organizações que atuam em torno daconstituição de políticas públicas que garantam osdireitos dos/das jovens.
Participem e divulguem!
Quando: 05/08/2006
Horário: 14h00
Local: Auditório da Ação Educativa (Rua GeneralJardim, 660 - Vila Buarque) Próximo ao Metrô RepúblicaMais informações: (11) 3151-2333 r.141

segunda-feira, julho 31, 2006

A mídia, eleições e a economia

Acredito que não seja só eu, mas todos nós temos observado nos últimos meses um debate que pode revelar muito de alguns interesses. Os fatos:
- A chamada grande mídia, há algum tempo, demonstrava estar muito preocupada com a economia que o governo brasileiro estava fazendo para pagar os juros da dívida, o tão chamado "superávit primário". Para eles, naquele momento, aquela economia estava exagerada, muito alta, o que inibia o investimento público.
- De repente, por motivos que sabemos bem, há uma mudança de posição, e a preocupação passa a ser o fato de o governo estar diminuindo o superáviti, ou seja, a quantidade destinada para pagar os juros da dívida. A preocupação passa a ser agora o aumento dos gastos do governo (ou aumento do investimento público, como diz alguns).

Vocês não acham estranho essa mudança/contradição? Penso o seguinte: há um certo setor da sociedade que teme um beneficiamento para o governo, o que pode ter bons efeitos eleitorais para Lula, com o aumento de gastos do governo.
Que pensamento econômico mais imediatista... depois reclamam do país em que vivemos.

Por Anderson Rodrigues

Materia sobre o Cooperifa na Folha

'Salve, guerreiros'
DA REVISTA DA FOLHA

"Não tem erro. Pega a estrada de M'Boi Mirim, quando passar a igreja de Piraporinha, vira à direita e vai dar de cara com a padoca. Na bifurcação, tem uma ladeirona, sobe e já é. Firmeza?" São essas as coordenadas de Alessandro Buzo para quem deseja chegar ao bar do Zé Batidão, sede do Sarau da Cooperifa, que acontece toda quarta-feira, às 20h30.
No boteco, cerca de 200 pessoas dividem-se entre as mesas de plástico e a mureta do quintal. Cerveja de garrafa, carne-seca com mandioca cozida e um drinque especial, a "gostosinha", caipirinha limão com dois dedos de mel no fundo do copo e um palito de sorvete para mexer. São os carros-chefe da casa.
À espera da atração principal da noite, um telão entretém o público . No pano branco pendurado numa corda de varal amarela com pregadores de roupa coloridos são exibidos filme realizados pela comunidade. Num deles, a história de Dona Maria, uma moradora do bairro que morreu vítima de leptospirose. "Não vamos jogar lixo na rua, galera." O outro é um curta-metragem sobre um menino que "pegou cana" por causa de um vacilo.
Na penumbra, por causa da projeção, Daniela Meira, 22, anda entre as mesas perguntando para os guerreiros: "E aí, vai declamar?" É ela quem faz as inscrições dos poetas, anotando nomes dos candidatos em um bloquinho improvisado com folhas de caderno arrancadas. "Hoje tá batendo nos 30 inscritos para declamar, mas tem dia que vai a 50", conta. Ela mesma se inscreveu para falar uma história que já foi dela, mas não é mais. A poesia de uma garota que tomou um fora, chamada "Menina de Contrastes".
Aplausos depois do filme. Sandro Vaz, o MC (mestre de cerimônias) do evento e criador da Cooperifa, pega um microfone, enquanto o pano é recolhido pela galera. Atrás dele, surgem uma bandeira do Brasil ao lado de uma placa que avisa: "O silêncio é uma prece".
"Salve, guerreiros", saúda o MC, que avisa para quem quiser conversar que o faça naquele momento ou cale-se para sempre, porque o sarau está para começar. Segundos depois, como uma campainha de teatro, estão todos calados, olhos fixos no canto do bar, onde os poetas se apresentarão. Nesse momento, uma brasília velha faz barulho ao subir a ladeira e recebe olhares nada amistosos.
"Salve, povo bonito", grita, e é ovacionado com palmas e assobios. O ritual de iniciação segue: "Povo bonito, povo inteligente, fora inveja, mediocridade. Hoje, conseguimos fazer menos 200 pessoas assistirem à Regina Duarte. Enquanto bombardeiam o Líbano, nós vamos comungar a paz. Uh, Cooperifa!" Muitos aplausos. "Sales, é teu, irmão." Passa o microfone pro truta e começa o sarau.
A gostosinha e a cerveja gelada continuam rolando. Ao final de cada poesia, uma salva de palmas. Tem declamador que aparece com papelzinho, tem rapper performático e mulherada contado sua história de amor em versos. Tem até quem não levou poesia pronta, mas leu um trecho de Charles Bukowski, e o apresentou à galera como o "bêbado-mor". Na platéia, os guerreiros de cabelo black power, agasalho de capuz e colar longo no peito tiram as mãos do bolso para aplaudir a todos. Curiosos começam a rondar, desconfiados, mas de cara recebem um salve e ficam "de boa, sem atravessar". As mulheres negras são enaltecidas e não há nenhuma loira (verdadeira ou falsa) na geral.
Um dos declamadores termina dizendo que Ferreira Gullar só terá valor se deixar a USP e for à periferia. Eis que Sandro agarra o microfone e incita. "Não, irmão, ele não precisa vir aqui, não. Nós é que vamos lá. Queremos os 50% que são nossos. Vamos tirar aquele bando de vagabundo e colocar a malandragem lá!" O bar vem abaixo.
Lá pelas 23h30, o salve final. Como final de missa, os cooperiféricos se abraçam, se despendem e vão deixando o recinto. Um ou outro pede a saideira.
Na próxima quarta tem mais.

MANIFESTO REVISTA DA FOLHA ATRAVESSA NO SARAU DA COOPERIFA

Neste domingo o jornal Folha de São Paulo veio com uma matéria sobre escritores da periferia comandada pelo escritor Joca R. Terron. Ele teve a missão de contar a história de alguns deles, no caso, eu, Alessandro Buzo (que conseguiu a matéria), Sacolinha e a Dinha. Até aí tudo bem, pois a única mancada foi um problema de edição, em que parece que somos nós os criadores da FLAP, mas que ele se explica no seu blog (www.heelhotel.blogger.com.br) e dá os devidos creditos a quem merece, Ana Rusche e o pessoal do projeto identidade.
As fotos do João Wainer ficaram muito loucas. Rara sensibilidade. Ele entendeu como poucos o que é realmente o sarau da Cooperifa e seus poetas.
Já a jornalista, Marianne Piemonte, que esteve no sarau e escreveu a matéria "Salve, guerreiros"- na mesma revista-, parecia que estava em outro lugar, tamanha falta de sensibilidade. Começa dizendo que os documentários que a gente apresenta antes do sarau "entretém" as pessoas, quando na verdade educa. O cine becos e vielas tem apresentado vários curtas e documentários para nos suprir a falta de cinema e nos desentoxicar do excesso de filme americano que nos enfiam goela abaixo. Entendeu?
O sarau vai completar cinco anos de vida, por isso, quando ela diz que os curiosos começam a rondar desconfiados (com o quê, com a poesia?), recebem um salve e não atravessam. Ali ninguém atravessa e nunca atravessou, aliás, nós que atravessávamos a ponte para ter cultura, e hoje, alguns amigos estão fazendo o caminho contrário, só para nos ver. Eu disse os amigos.
Diz também que ao ouvirmos um barulho de uma brasília velha lançamos olhares poucos amistosos para o veículo. Nós não temos olhares poucos amistosos, nós somos amistosos! Apesar de tudo e de todos, nós somos amistosos. Apesar da nossa poesia contundente, somos amistosos. O que não pode ser confundido com exóticos. Nunca, nós não permitimos isso.
Quando ela se refere ao que eu disse referente à USP comete outro equívoco. Não quero colocar a malandragem lá (que malandragem?), muito pelo contrário, gostaria que a malandragem saísse de lá.
As mulheres negras são enaltecidas, mas há também loiras por lá, que também são bem-vindas, mesmo depois da reportagem que afirma que elas não frequentam o sarau. Todos são bem-vindos: poetas, escritores, branco, preto, amarelo, atores e atrizes, cineastas, músicos, artistas em geral, e principalmente, a comunidade, a nossa razão de ser.
Nós que sofremos tantos preconceitos não somos capazes de cometê-los. Nem com jornalistas.
O envolvimento dela com o sarau foi tanto que me chama de Sandro na matéria, o mc Sandro Vaz. "Eu só quero é ser feliz...". Esse tal de Sandro até que me ajudou a se defender das críticas que estou recebendo pelo telefone e pelos imeios que não param de chegar.
O povo tá indignado, alguns acham que, por conta das palavras inseridas no texto da matéria -truta, ronda, olhares poucos amistosos, capuz, desconfiados, ficam de boa, não atravessam, etc.-, mais parecia uma reportagem do Brasil Urgente, do Datena, e não um sarau de poesia.
Se ela soubesse o quanto a gente tem feito e faz por um mundo melhor na periferia...
Aos que conhecem e frequentam o sarau da Cooperifa, e que já leram e viram outras matérias positivas sobre nós, peço que desconsiderem essa deselegância cometida pela jornalista na revista da folha. Seguiremos, mesmos com as pedras no nosso caminho.

A todos que se sentiram ofendidos com a falta de sensibilidade da matéria, eu peço desculpas, foi eu quem deixou a porta aberta.

No mais, todos são bem-vindos. Todos!

Sérgio Vaz
poeta


Assine o manifesto:

Sacolinha-escritor
Jeferson De-Cineasta
Alessandro Buzo-escritor
Sõnia Heloisa
Mariana Gramacho
Elizandra Batista de Souza - Poeta

sexta-feira, julho 21, 2006

Cine Becos na Cooperifa





Na última quarta-feira, na Cooperifa, o Cine Becos exibiu o documentário feito pelo Movimento
dos Trabalhadores sem Teto " direitos esquecidos moradia na periferia". Esse documentário
foi exibido no ano passado no horário do programa preconceiuoso do João Kleber.Que foi
denunciado e teve que pagar uma multa e dar espaço do seu programa para os movimentos
sociais. Confira as fotos do cine becos na cooperifa.

quinta-feira, julho 20, 2006

Da periferia ao Líbano

Na periferia do mundo.
Enquanto escrevo, o estado de Israel bombardeia o país dos familiares dos meus amigos, Ali Sati, Walter e Fauez, o Líbano. Se já não bastassem as duzentas mil vidas libanesas desperdiças em outras guerras estúpidas, o estado judeu quer mais, e para o Hizbollah, tanto faz. Mas o povo, esse que ninguém ouve, pede Paz.Sinto-me fraco, pois, contra fuzis e canhões, só tenho um poema para oferecer à comunidade Árabe do Brasil, e, principalmente a que reside no Pirajussara, em Taboão da Serra. Na minha opinião o Brasil e o Líbano ficam na periferia do mundo, acho que é por isso que a gente se identifica tanto, e é por isso que as nossas guerras não doem no primeiro mundo da humanidade.Nosso suor, nosso sangue, nossas lágrimas não são bem-vindas no coração dos poderosos, que vêem na morte a única saída para a paz. O silêncio também mata.É apenas um poema, só um poema, sei da insignificância desse poema, mas também sei da grandeza desse povo que trata todo amigo como se fosse majestade, mesmo sendo um poeta tão pequeno como eu. Apesar da dor, lembrei-me do poeta Mário Quintana “... eles passarão, vocês passarinho”.Aceitem um poema,Aceitem minhas lágrimas.
Em respeito aos que não lerão.
A GUERRA DOS BOTÕES.
Permito-me sonhar
Vendo soldados plantados nas trincheiras
Descansando sob as sombras
De um enorme cogumelo de pétalas
Explodindo no céu.
A primavera
Invadindo campos minados
Com suas guerreiras margaridas,
Fardadas pela seda pura da manhã,
Marchando para um novo dia.
E os senhores da guerra
Aguardando ansiosos
O momento de apertarem seus botões...
Lindos botões de rosas
Estampados na lapela.
Por Sérgio Vaz

segunda-feira, julho 17, 2006

Aula de cidadania. Reconstruindo as relações na sociedade


Cidadania & Política
As novas relações de trabalho no mundo globalizado
Dia 18/07, 3a. feira, às 14 horas
  • O que farei quando terminar os estudos?
  • Haverá lugar no mercado de trabalho ou o desemprego veio para ficar?
  • Reduzindo os direitos do trabalhador haverá mais emprego?


    A Papel Jornal, Associação de incentivo às comunicações, promove diálogos e reflexões sobre questões de interesse dos jovens e da comunidade, duas vezes por mês, na Oficina de Cidadania.


    Local: ONG Papel Jornal - Av. Ivirapema, 42A - Jd. Ranieri.
    Quem pode participar: Debate aberto aos jovens e à comunidade
    Informações: 5831 5954 das 13h às 16h c/ Juliana
  • Facilitador: Medeiros Filho, Jornalista.

Cidadania & Política
As novas relações de trabalho no mundo globalizado
Dia 18/07, 3a. feira, às 14 horas
  • O que farei quando terminar os estudos?
  • Haverá lugar no mercado de trabalho ou o desemprego veio para ficar?
  • Reduzindo os direitos do trabalhador haverá mais emprego?


    A Papel Jornal, Associação de incentivo às comunicações, promove diálogos e reflexões sobre questões de interesse dos jovens e da comunidade, duas vezes por mês, na Oficina de Cidadania.


    Local: ONG Papel Jornal - Av. Ivirapema, 42A - Jd. Ranieri.
    Quem pode participar: Debate aberto aos jovens e à comunidade
    Informações: 5831 5954 das 13h às 16h c/ Juliana
  • Facilitador: Medeiros Filho, Jornalista.

sexta-feira, julho 14, 2006

ADIADO

quarta-feira, julho 12, 2006

CINE BECOS NA COOPERIFA !!!NÃO PERCAM DOCUMENTARIO DO MTST!!!


Sarau da Cooperifa no Acampamento Chico Mendes

CINEMA NA COOPERIFA
"Quem tem olhos de ver que veja
Quem tem ouvidos de ouvir que ouça"


Documentário "Direitos Esquecidos: Moradia na Periferia"
Produzido pelo MTST ( Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)- Acampamento Chico Mendes.

Exibido na Rede TV por determinação da Justiça em setembro de 2005 como forma de punição ao programa do apresentador João Kleber.

Um registro da luta do povo pobre que respira dignidade.

Apoios:

VAI (Programa de Valorização de Iniciativas Culturais)
FELCO (Festival Latino da Causa Obreira)

Dia 19/07 às 20:00


No sarau da Cooperifa - Bar do Zé Batidão
Endereço: Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Jd. Guarujá
Próximo a igreja de Piraporinha
São Paulo-Z/S
Informações: 3453 0433

segunda-feira, junho 26, 2006

Cidadania & Política

Cidadania & Política


Quem tem medo da globalização?


Cresce a riqueza no planeta e também o número de pobres. Será que os governos não podem mais fazer nada?

A globalização das ONGs, da responsabilidade social, dos ecologistas. Afinal, o mundo está ficando melhor ou pior?



Orientador: Barnabé Medeiros Filho: Jornalista há 30 anos, trabalhou em jornais (entre os quais Folha de S. Paulo e O Globo), revistas e rádio. Participou da cobertura das grandes greves do ABC (1979 e 1980) e do movimento pelas Diretas Já. Atualmente atua como Consultor em Voluntariado, prestando serviço a empresas interessadas em implantar programas de mobilização de seus funcionários. Tem três livros publicados, dois sobre voluntariado e o terceiro sobre a experiência de mobilização social da ONG Cidade Escola Aprendiz.



Quando: 04 de julho (terça-feira)

Horário: 14 horas

Quem pode participar: Alunos da ONG e Comunidade

Local: ONG Papel Jornal - Av. Ivirapema,42A - Jd. Ranieri
Informações: 5831 5954 das 13h às 16h c/ Juliana

segunda-feira, junho 05, 2006

CINE BECOS APRESENTA: NOTICIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR



Eleito um dos melhores filmes brasileiros contemporâneos pela Revista de Cinema e vencedor da competição nacional de documentários do festival É Tudo Verdade, Notícias de uma guerra particular é um amplo e contundente retrato da violência no Rio de Janeiro. Flagrantes do cotidiano das favelas dominadas pelo tráfico de drogas alternam-se a entrevistas com todos os envolvidos no conflito entre traficantes e policiais - incluindo moradores que vivem no meio do fogo cruzado e especialistas em segurança pública. A realidade da violência é apresentada sem meio-tons e da forma mais abrangente possível, tornando patente o absurdo de uma guerra sem fim e sem vencedores possíveis.

Traga sua família!

Domingo, dia 11 de junho de 2006 - 17h – grátis

Avenida Ivirapema, 42-A - Jardim Ranieri
(3 pontos após o Terminal Jd. Ângela - ref. Padaria Francesinha)
telefone: 5831 5954

quinta-feira, junho 01, 2006

LANÇAMENTO DO LIVRO DA DINHA - NÃO PERCAM !!! 06/06 NA AÇÃO EDUCATIVA E 07/06 NO SARAU DA COOPERIFA





PARA ADQUIRIR O LIVRO OU CONTATO COM A AUTORA
DINHA - (011) 9969-1010
E-MAIL: DINHAPRO@HOTMAIL.COM
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quarta-feira, maio 31, 2006

ENCONTRO DE LITERATURA MARGINAL - NÃO PERCAM!!!!



Mais informações: www.ferrez.blogspot.com

Texto de Ferrez em seu blog

Vorrrrrrrtei!!!
Salve.

A boca só se cala quando o tiro do fuzil disparar.
nóis voltamos, pelos louco, pelos parceiros, pela perifa e pela verdade consequentimente.
ai! é quente...nada mais que dar um rolê e refrescar os pensamentos, e ter a certeza de estar fazendo cada vez mais a coisa certa.
sem massagem, sem dar carrinho, mas jogando futebol de verdade.
pode acreditar, a corrente se fortificou e tantas manifestações de carinho massagearam o ego, e trouxeram mais equilibrio. valeu família, sei que vocês tão por mim, assim como cada célula do meu corpo é periferia.
que a verdade não seja uma roupa usada por canalhas.
aqui sempre protesto, correndo pelo certo, sem falha na revolução, talvez não sendo super-herói mas como diz Erton, somos Chapolin.
quem não quizer colar demorô, fica em casa vendo novela, mas os compromissos estão de pé, porque palavra de homem não faz curva. por uma vida melhor, o preço é esse mesmo.
vamos em luta, nao de luto.
Firme e forte,
Ferréz
Fonte: www.ferrez.blogspot.com

quinta-feira, maio 25, 2006

Redenção


Redenção
Composição: Edu Ribeiro

Quantos amigos meus? o meu irmão, onde está agora?
Quantos morreram, sim em busca de famas e glórias?
Tantos mais vão perder sua alma e coração
Em troca de ouro e poder satisfazer a ambição

Irmão cada gota de sangue que você deramar volta pra você
Cada dor, sofrimento que você causar volta pra você 2x

Não consigo mais ver aquela mãe que de longe chora
Por seu filho perder agora só existe na memória
Outras mães vão chegar com uma rosa em cada mão
Só pra poderem lembrar de quem não teve redenção

Irmão cada gota de sangue que você deramar volta pra você
Cada dor, sofrimento que você causar volta pra você 2x

É claro o perigo mas eu sou teu amigo
E se quiser lutar vai ( com certeza )
Ter mais gente com você pra mudar

A nossa hora chegou
Viemos só pra colher a glória
Nosso pior já passou
Estamos certos da nossa vitória

CHACINA NO CAPÃO REDONDO

Jornal Brasil de Fato

Polícia foi autora de chacina no Capão Redondo, afirmam moradores

Dafne Melo e Tatiana Merlino da Redação

Apesar do frio, Maurício Assis de Menezes veste apenas calça jeans e camisa azul. São 2 horas da madrugada de terça-feira, dia 16, no centro do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. Acompanhado de seis colegas, o jovem de 28 anos abre o portão do bar de sua família - onde trabalha - para desenroscar as lâmpadas que iluminam a lanchonete, também familiar, que fica bem em frente ao bar.

Maurício mal tem tempo de chegar à barraca de lanches quando ouve: "Mãos na cabeça. Polícia!" Em seguida, começam os tiros. Sem expressar reação, enfileirados e de costas, todos são metralhados por homens vestidos de roupas escuras e gorro.

Horas antes, ainda na tarde de segunda-feira, mesmo após ouvir as notícias da televisão sobre os ataques da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em toda a cidade, a família Assis de Menezes não tem medo. Mantém o seu comércio aberto. Acreditam que como o alvo da polícia são os criminosos do PCC, não terão problemas. "A gente confiava na polícia", diz o pai de Maurício, com uma foto da família nas mãos.

Por volta das 23 horas, o que chama a atenção dos donos e freqüentadores do bar é um carro Fiat Palio preto com vidros fumé, que passa levando homens com capuzes. O carro passa vagarosamente em frente ao estabelecimento, junto com três carros da Polícia Civil, dois deles da marca Blazer. Marcos*, um dos irmãos de Maurício que também trabalha no bar da família, ao ver o carro suspeito, vira-se para os colegas e brinca: "Tá vendo esse carro preto aí atrás? É só para matar".

Portas fechadas
Assustados, os irmãos resolvem fechar o bar, mas os clientes, com medo, não tem coragem de ir embora e resolvem ficar mais tempo dentro do estabelecimento, já com as portas fechadas. Cerca de três horas depois, os clientes resolvem voltar para casa, e Maurício lembra que deixou as luzes da barraca acesa. Junto com ele, está Edson, funcionário da lanchonete, que trabalha há cinco anos para a família. Antes de ser assassinado, o jovem de 22 anos coloca em cima do balcão da barraca dois sanduíches que levaria para casa.

De dentro do bar, Marcos ouve "Mãos na cabeça. Polícia!". Olha pela janela e vê quatro homens. Desce correndo para dar assistência ao irmão e explicar que “são todos trabalhadores”, mas é tarde demais. Os tiros já haviam começado. “Acho que foram mais de 30”. Imediatamente, vai novamente à janela. Os agressores não estão mais lá.

Pedidos de ajuda
“Desci para procurar meu irmão. Todos meus amigos me pedindo ajuda: 'me ajuda, tá doendo demais'. O Edson dizia: 'tá doendo demais, não me deixa morrer'. Todo mundo gemendo. O Renato tentava levantar e pedia ajuda. Meu desespero era procurar meu irmão”, conta Marcos, que encontrou Maurício já morto atrás da barraca.

Marcos conta que em menos de dois minutos, 12 viaturas do 37º Batalhão da Polícia Militar chegaram no local. “Chegaram socorrendo e começaram a recolher as cápsulas. Foi tudo muito rápido”. De acordo com a lei, quando há vítimas fatais, a polícia não pode alterar a cena do crime, mas deve aguardar a chegada da polícia científica para dar início à perícia. O procedimento, entretanto, não foi observado neste caso. De acordo com Marcos, também não foi colhido nenhum depoimento no local.

Em conversa com o irmão de Maurício, os policiais militares disseram que o ataque poderia ter sido feito por criminosos do PCC. No entanto, as testemunhas duvidam. “Se eles eram do PCC, como o Palio preto ia estar logo atrás dos carros da Polícia Civil? A não ser que eles fossem loucos”, ironiza. Ainda de acordo com testemunhas, durante a chacina, o Palio preto estava estacionado próximo ao local do crime, e os carros da Polícia Civil um pouco mais à frente, mas na mesma rua.

Na manhã seguinte, policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram ao local do crime. Dos sete moradores que foram atacados, cinco morreram e dois sobreviveram. Questionados pela reportagem do Brasil de Fato, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública afirmou que a chacina ocorrida no Capão Redondo não entrou para as estatísticas ligadas às ações do PCC ou da polícia. Foi considerada como um crime comum na cidade de São Paulo. A secretaria disse informou que um inquérito foi aberto no DHPP, mas que, para resguardar as investigações, não se pode informar qual o seu andamento. A Secretaria ainda afirmou que em casos como este, testemunhas devem fazer a denúncia na Ouvidoria da Polícia.

Mortes sem explicações
Reportagem da Folha de S. Paulo, do dia 21, mostrou que os casos de mortes à bala diretamente relacionados com a onda de violência desencadeada pelo PCC na semana passada em todo o Estado foi de 138 mortes.


Somando-se o número médio de mortes que a capital e Grande São Paulo apresentam em 5 dias, 65 mortes, “sobrariam” 69 mortes a serem esclarecidas pelo governo. O fato, entretanto, entra em contradição com declarações feitas pelo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Elizeu Eclair Teixeira de Borges.
Segundo ele, a criminalidade rotineira, sem ligação com o PCC, havia caído cerca de 50% desde que começou a onda de atentados. Borges ainda afirmou que nenhum dos mortos em confronto com a polícia desde o início dos ataques do PCC era inocente.
De acordo com familiares, amigos e testemunhas, nenhuma das vítimas da chacina do Capão Redondo tinha relações com o PCC, nem passagem pela polícia. Os familiares de Maurício e testemunhas não souberam informar o nome completo das outras vítimas fatais. Três delas foram identificadas pelo primeiro nome e apelidos e outra foi identificada apenas pelo trabalho que fazia na região.

Os mortos

Maurício Assis de Menezes, caçula de quatro irmãos, era um rapaz pacato, quieto, de poucas palavras. Trabalhava no bar da família desde os 14 anos. Saía pouco e gostava de alugar filmes para assistir em casa. A última vez que saiu para passear, foi a um churrasco na casa da mãe da namorada, no domingo, Dia das Mães. A namorada, grávida de dois meses, perdeu o bebê no dia seguinte em que Maurício foi assassinado. A morte do rapaz chocou amigos e a vizinhança, “porque ele era o cara mais tranqüilo da região”, dizem testemunhas.

Edson, conhecido pelos amigos como “Jaca”, tinha 22 anos, era casado e tinha dois filhos. Trabalhava na lanchonete da família Menezes há cinco anos. Fanático por futebol, não perdia um jogo do seu time São Paulo Futebol Clube. Brincalhão, adorava dar apelido para todo mundo que passava pela barraca de lanches.

Renato, conhecido como “Brigadeiro”, tinha cerca de 35 anos. Trabalhava com artesanato e adorava ir à praia. Todos os anos, vendia flores durante o Dia das Mães. Tinha dois filhos. Um menino de 8 e uma garota de 19. Fã de teatro, sempre levava o filho a espetáculos gratuitos no centro da cidade.

Davi era pouco conhecido das testemunhas, que apenas sabem que o rapaz trabalhava como motoboy. As testemunhas não sabem o nome da quinta vítima. De acordo com elas, era um senhor de idade avançada que trabalhava como catador de material reciclável no bairro do Capão Redondo

sexta-feira, maio 19, 2006

9º FAVELA TOMA CONTA

NESTE DOMINGO O ITAIM PAULISTA VAI PARAR
9o FAVELA TOMA CONTA
com grupos de rap de 4 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão),
além do Sérgio Vaz e os poetas da Cooperifa e o King Nino Brown numa homenagem a James Brown.
Você não pode perder essa festa, presença confirmada da Revista RAP BRASIL. Manos e minas de varias quebradas estão entrando em contato e confirmando presença. Vamos fazer a festa e promover a cultura e a paz.

Esta rua fica numa travessa da Estr. Dom João Nery que liga o Itaim Paulista à Guaianazes. (altura do Jd Olga).

SARAU DA COOPERIFA NA VIRADA CULTURAL


SARAU DA COOPERIFA NA PINACOTECA

19hs -Sarau da Cooperifa

22hs- Apresentação dos grupos:

Periafricania, Versão Popular e Banda Preto Soul

dia 20 de maio de 2006 (sábado)

Atenção: haverá ônibus saindo do Zé Batidão e do Bar do binho às 16hs.
Pinacoteca do Estado
Pça da Luz, 2 – metrô Luz
fone 11 3229 9844

www.colecionadordepedras.blogspot.com

quinta-feira, maio 18, 2006

Fórum em defesa da vida- Pelas vítimas da desigualdade


  • O Fórum em Defesa da Vida convida a sociedade a solidarizar-se com os familiares das vítimas que foram assassinadas no Estado de São Paulo na última semana.
    Reconhecemos que este é o resultado da profunda desigualdade social que vivemos.

    Vamos nos organizar para construir:

    ù Políticas eficientes de distribuição de renda
    o Lucros bancários bilionários destoam da realidade da maioria da população

    ù Educação universal de qualidade
    o Crianças matriculadas nas escolas não garante permanência nem educação de qualidade

    ù Ética nas instituições
    o A corrupção generalizada impede a aplicação dos recursos públicos onde são mais necessários

    Vamos nos manifestar em atos de solidariedade:

    o No próximo sábado, dia 20 de maio, às 12:00 horas, em diversos pontos da cidade e do Estado

    Divulgue esta iniciativa.
    Informe qual o ato que sua entidade realizará nesse dia pelo e-mail:
    cdhep@uol.com.br para uma ampla divulgação.
    Atos já marcados:
    - CDHEP - Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo LImpo - Rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 180 - próximo a estação do metrô Capão Redondo.
    - Paróquia Santos Mártires - Rua Luís Baldinato, 8 - próximo a Praça do Jardim Ângela.
    - Escola Manaim - Av. Sadan Inouê, 5617 - próximo a Subprefeitura de Parelheiros.

    Fórum em Defesa da Vida – 5831.2612 / 5511.9762

sexta-feira, maio 12, 2006

MOSTRA DE MÚSICA MPB - MUSICA PERIFÉRICA BRASILEIRA (12 de maio a 4 de junho de 2006)



ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA MONTE AZUL

Associação Comunitária Monte Azul e SESC Santo Amaro juntos em Mostra de MúsicaVII Mostra de Música Monte AzulMPB - Música Periférica Brasileira

De 12 de maio a 4 de junho, o SESC Santo Amaro e a Associação Comunitária Monte Azul, localizada na periferia da zona Sul de São Paulo, promovem a mostra MPB - Música Periférica Brasileira.

O projeto pretende atingir os moradores da favela Monte Azul, de bairros próximos e do público em geral com shows gratuitos de quinta a domingo.Como em 2006 comemoramos 25 anos de Voluntariado Estrangeiro na instituição, a temática da mostra de música deste ano será a influência estrangeira, principalmente dos negros e europeus, na formação dos nossos ritmos.

A iniciativa incentiva a diversidade e democracia cultural – conceitos defendidos pela Associação Comunitária desde a sua formação, há 27 anos.Segundo Ana Maria Medeiros, coordenadora do Centro Cultural, a expectativa é de que essa Mostra alcance maior público e prestígio graças à parceria com o SESC Santo Amaro e pela qualidade dos espetáculos que, seguindo a temática, começa com blues – ritmo originário dos negros americanos - no dia 12.E isso é só para esquentar.

A abertura oficial é dia 13 de maio com K.Ram.K. e Nhocuné Soul. A programação segue com nomes como Samba da Vela, Fanta Konatê e Troupe Djembedon em uma extensa e rica programação onde mesclamos nomes consagrados e grupos de grande representatividade local.

As exibições ocorrerão no Centro Cultural da Associação Comunitária, com capacidade para 200 lugares, e também na própria Favela, onde será montada toda a infra-estrutura necessária para shows ao ar livre.

Sobre a Associação Comunitária Monte AzulFundada em 1979, no bairro Jardim Monte Azul, a Associação Comunitária atende direta e indiretamente uma população de aproximadamente 12 mil pessoas nas áreas de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Cultural.

O Centro Cultural Monte Azul incentiva a cultura não apenas como expressão artística, mas como patrimônio de cada grupo ou indivíduo, porque reflete seus valores e seu pensar singular em diálogo com os demais, num processo dinâmico de trocas e transformações, contribuindo para a diversidade cultural.
Centro Cultural - Monte Azul
centrocultural@monteazul.org.br
Fone 5851 5370
www.monteazul.org.br (Ver Programação Completa)

quinta-feira, maio 11, 2006

BATALHA DE FREESTYLE NA ZONA SUL

RINHA DOS MC'S
Batalha de mc's onde a única regra é o improviso......
Será realizada toda sexta feira ...
Se você é bom no improviso ou admira essa arte, esse é o lugar.

TODA SEXTA BATALHA FREE STYLE a partir das 22h as 5h da manhã
Homens 3,00 Mulher VIP
OBS: Os manos que levarem 3 garotas também entram na faixaaaaa..

As incrições serão realizadas no local a partir da meia noite.....
OBS: Só serão 08 participantes por noite.aguardem .....
nesta sexta 12/05/2006 show do Oficina da Rima.
Endereço: Av Robert Kennedy,2466 Sul - ao lado do Club de Golf
Informações: 8484-8404 (Criolo Doido)

X Marcha Noturna pela Democracia Racial







X Marcha Noturna pela Democracia Racial

Dia 12 de maio de 2006 às 20:00h

O Instituto do Negro Padre Batista e diversas entidades do movimentonegro, social, religioso e governamental, realizam nesta sexta-feira, 12 de Maio, a X Marcha Noturna pela Democracia Racial.

Neste ano a atividade tem como tema:
“Cotas: Afirmando direitos e construindo políticas públicas”.

A marcha tem por objetivo chamar a atenção da população e governos para as discussões pertinentes aos afrodescendentes e se propõe a ser umamanifestação de denúncia à discriminação racial no Brasil.

PROGRAMAÇÃO
DIA: 12/05/06
Ato CulturalHorário: 20h00
Celebração Inter-religiosaHorário: 21h00
Local: Igreja da Boa MorteRua do Carmo – Centro

Em seguida os participantes vestidos de preto e com velas nas mãos caminharão até o Largo do Paissandu.

Informações:Instituto do Negro Padre BatistaTel.: (11) 3106-7051

segunda-feira, maio 08, 2006

Palestra com Socorro Lacerda "República da Estrela"



Palestra: "República da Estrela" A memória contando História. Formação e sustentação de um novo país.

data: 11 de Maio de 2006 (Quinta-feira)
hora: 19:00h
local: UNISA - Universidade de Santo Amaro
cidade: São Paulo


Essa palestra acontecerá durante a semana de estudos da Faculdade de História e terá duração de duas horas. Quem puder compareça ou divulgue.Obrigada.Socorro Lacerda!

Saiba Mais: SOCORRO LACERDA DE LACERDA O autor realizou um trabalho original de recuperação de um movimento social pouco estudado pela historiografia brasileira. A Xxxx foi proclamada no inicio do século XX e foi liderada pelo lendário Coronel Zuza Lacerda, no alto sertão da Paraíba. O coronel ousou enfrentar o governo estadual, ao sentir-se desprestigiado e proclamou independentes as suas terras e a região onde exercia o seu poder de “coronel”. Socorro Lacerda ancorou seu trabalho nos estudos clássicos sobre o “coronelismo”, bem como na historiografia clássica sobre a historia política da primeira republica, baseando-se em autores como Raimundo Faoro, para desvendar os mecanismos que constituem essa forma de liderança política, que vai do uso da força física e psicológica, à formação de um exército particular.

CAFÉ LITERÁRIO DE TABOÃO DA SERRA


CAFÉ LITERÁRIO DE TABOÃO DA SERRA


RECITAL, LEITURAS DE TEXTOS, PROSA E INTERVENÇÕES LÍTERO-MUSICAIS. APRESENTAÇÃO DO POETA SÉRGIO VAZ

Dia 08 de maio (segunda-feira) 19hs

LOCAL: AUDITÓRIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
RUA ELZABETA LIPS, 166 TABOÃO DA SERRA-
CENTRO
ENTRADA FRANCA
Acessem: www.colecionadordepedras.blogspot.com

Peça de Teatro: Sexo, Etc e Tal


Sexo, Etc e Tal
A comédia Sexo, Etc e Tal realiza, até 30 de junho, temporada de apresentaçõesno Teatro Paulo Eiró, na zona Sul da cidade. Com a presença do ator André Rangel, conhecido por participações no humorístico Zorra Total, a montagem propõe, com irreverência, uma reflexão a respeito das várias maneiras em que obrasileiro lida com sua sexualidade.
Esquetes cômicas trazem à tona personagens contemporâneos, que se deparam com osdesejos e preconceitos gerados pela sociedade quando o assunto é sexo. Rangel,que se divide nos papéis de ator e diretor, dá ao espetáculo um ritmo acertado,com situações cotidianas que rendem boas gargalhadas."Sexo e traição", "sexo como necessidade", "sexo versus amor" e "sexo comofetiche" permeiam o texto de Robson Guimarães. No elenco além de Rangel, estãoNicolle Spinillo, Renato Papa e Sidney Correia.
Até 30 de junho.
Recomendado a maiores de 14 anos.
6ª a sábado, 21h e domingo,19h.Preço: R$10.
Preço especial (R$5) para estudantes, aposentados, maiores de 60anos, professores da rede pública e classe artística.
Teatro Paulo Eiró
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Sto. Amaro
Telefone: 546-0449

Materia da Cooperifa na Radio CBN

VEJA MATÉRIA NA RÁDIO CBN (90,5) SOBRE O SARAU DA COOPERIFA QUE FOI AO AR NO DOMINGO 07.05.06http://radioclick.globo.com/cbn/ (acesse cultura)

sábado, março 25, 2006

CURTAS NA PERIFERIA

COOPERIFA E ITAU CULTURAL

Apresentam:

CURTAS NA PERIFERIA
Sessão exclusiva para a comunidade da Cooperifa do FESTIVAL CORTA CURTAS.
Exibição de filmes e vídeos de curta duração que integram a exposiçãoPARADOXOS BRASIL EM CARTAZ NO ITAU CULTURALSábado 25 de março 19hs30 ( entrada gratuita)

Local : Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana
Perto da Igreja de Piraporinha Zona Sul - SP
f: 5891.7403

sábado, fevereiro 25, 2006