quarta-feira, maio 31, 2006
Texto de Ferrez em seu blog
Salve.
A boca só se cala quando o tiro do fuzil disparar.
nóis voltamos, pelos louco, pelos parceiros, pela perifa e pela verdade consequentimente.
ai! é quente...nada mais que dar um rolê e refrescar os pensamentos, e ter a certeza de estar fazendo cada vez mais a coisa certa.
sem massagem, sem dar carrinho, mas jogando futebol de verdade.
pode acreditar, a corrente se fortificou e tantas manifestações de carinho massagearam o ego, e trouxeram mais equilibrio. valeu família, sei que vocês tão por mim, assim como cada célula do meu corpo é periferia.
que a verdade não seja uma roupa usada por canalhas.
aqui sempre protesto, correndo pelo certo, sem falha na revolução, talvez não sendo super-herói mas como diz Erton, somos Chapolin.
quem não quizer colar demorô, fica em casa vendo novela, mas os compromissos estão de pé, porque palavra de homem não faz curva. por uma vida melhor, o preço é esse mesmo.
vamos em luta, nao de luto.
Firme e forte,
Ferréz
Fonte: www.ferrez.blogspot.com
quinta-feira, maio 25, 2006
Redenção
Redenção
Composição: Edu Ribeiro
Quantos amigos meus? o meu irmão, onde está agora?
Quantos morreram, sim em busca de famas e glórias?
Tantos mais vão perder sua alma e coração
Em troca de ouro e poder satisfazer a ambição
Irmão cada gota de sangue que você deramar volta pra você
Cada dor, sofrimento que você causar volta pra você 2x
Não consigo mais ver aquela mãe que de longe chora
Por seu filho perder agora só existe na memória
Outras mães vão chegar com uma rosa em cada mão
Só pra poderem lembrar de quem não teve redenção
Irmão cada gota de sangue que você deramar volta pra você
Cada dor, sofrimento que você causar volta pra você 2x
É claro o perigo mas eu sou teu amigo
E se quiser lutar vai ( com certeza )
Ter mais gente com você pra mudar
A nossa hora chegou
Viemos só pra colher a glória
Nosso pior já passou
Estamos certos da nossa vitória
CHACINA NO CAPÃO REDONDO
Polícia foi autora de chacina no Capão Redondo, afirmam moradores
Dafne Melo e Tatiana Merlino da Redação
Apesar do frio, Maurício Assis de Menezes veste apenas calça jeans e camisa azul. São 2 horas da madrugada de terça-feira, dia 16, no centro do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. Acompanhado de seis colegas, o jovem de 28 anos abre o portão do bar de sua família - onde trabalha - para desenroscar as lâmpadas que iluminam a lanchonete, também familiar, que fica bem em frente ao bar.
Maurício mal tem tempo de chegar à barraca de lanches quando ouve: "Mãos na cabeça. Polícia!" Em seguida, começam os tiros. Sem expressar reação, enfileirados e de costas, todos são metralhados por homens vestidos de roupas escuras e gorro.
Horas antes, ainda na tarde de segunda-feira, mesmo após ouvir as notícias da televisão sobre os ataques da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em toda a cidade, a família Assis de Menezes não tem medo. Mantém o seu comércio aberto. Acreditam que como o alvo da polícia são os criminosos do PCC, não terão problemas. "A gente confiava na polícia", diz o pai de Maurício, com uma foto da família nas mãos.
Por volta das 23 horas, o que chama a atenção dos donos e freqüentadores do bar é um carro Fiat Palio preto com vidros fumé, que passa levando homens com capuzes. O carro passa vagarosamente em frente ao estabelecimento, junto com três carros da Polícia Civil, dois deles da marca Blazer. Marcos*, um dos irmãos de Maurício que também trabalha no bar da família, ao ver o carro suspeito, vira-se para os colegas e brinca: "Tá vendo esse carro preto aí atrás? É só para matar".
Portas fechadas
Assustados, os irmãos resolvem fechar o bar, mas os clientes, com medo, não tem coragem de ir embora e resolvem ficar mais tempo dentro do estabelecimento, já com as portas fechadas. Cerca de três horas depois, os clientes resolvem voltar para casa, e Maurício lembra que deixou as luzes da barraca acesa. Junto com ele, está Edson, funcionário da lanchonete, que trabalha há cinco anos para a família. Antes de ser assassinado, o jovem de 22 anos coloca em cima do balcão da barraca dois sanduíches que levaria para casa.
De dentro do bar, Marcos ouve "Mãos na cabeça. Polícia!". Olha pela janela e vê quatro homens. Desce correndo para dar assistência ao irmão e explicar que “são todos trabalhadores”, mas é tarde demais. Os tiros já haviam começado. “Acho que foram mais de 30”. Imediatamente, vai novamente à janela. Os agressores não estão mais lá.
Pedidos de ajuda
“Desci para procurar meu irmão. Todos meus amigos me pedindo ajuda: 'me ajuda, tá doendo demais'. O Edson dizia: 'tá doendo demais, não me deixa morrer'. Todo mundo gemendo. O Renato tentava levantar e pedia ajuda. Meu desespero era procurar meu irmão”, conta Marcos, que encontrou Maurício já morto atrás da barraca.
Marcos conta que em menos de dois minutos, 12 viaturas do 37º Batalhão da Polícia Militar chegaram no local. “Chegaram socorrendo e começaram a recolher as cápsulas. Foi tudo muito rápido”. De acordo com a lei, quando há vítimas fatais, a polícia não pode alterar a cena do crime, mas deve aguardar a chegada da polícia científica para dar início à perícia. O procedimento, entretanto, não foi observado neste caso. De acordo com Marcos, também não foi colhido nenhum depoimento no local.
Em conversa com o irmão de Maurício, os policiais militares disseram que o ataque poderia ter sido feito por criminosos do PCC. No entanto, as testemunhas duvidam. “Se eles eram do PCC, como o Palio preto ia estar logo atrás dos carros da Polícia Civil? A não ser que eles fossem loucos”, ironiza. Ainda de acordo com testemunhas, durante a chacina, o Palio preto estava estacionado próximo ao local do crime, e os carros da Polícia Civil um pouco mais à frente, mas na mesma rua.
Na manhã seguinte, policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram ao local do crime. Dos sete moradores que foram atacados, cinco morreram e dois sobreviveram. Questionados pela reportagem do Brasil de Fato, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública afirmou que a chacina ocorrida no Capão Redondo não entrou para as estatísticas ligadas às ações do PCC ou da polícia. Foi considerada como um crime comum na cidade de São Paulo. A secretaria disse informou que um inquérito foi aberto no DHPP, mas que, para resguardar as investigações, não se pode informar qual o seu andamento. A Secretaria ainda afirmou que em casos como este, testemunhas devem fazer a denúncia na Ouvidoria da Polícia.
Mortes sem explicações
Reportagem da Folha de S. Paulo, do dia 21, mostrou que os casos de mortes à bala diretamente relacionados com a onda de violência desencadeada pelo PCC na semana passada em todo o Estado foi de 138 mortes.
Somando-se o número médio de mortes que a capital e Grande São Paulo apresentam em 5 dias, 65 mortes, “sobrariam” 69 mortes a serem esclarecidas pelo governo. O fato, entretanto, entra em contradição com declarações feitas pelo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Elizeu Eclair Teixeira de Borges.
Segundo ele, a criminalidade rotineira, sem ligação com o PCC, havia caído cerca de 50% desde que começou a onda de atentados. Borges ainda afirmou que nenhum dos mortos em confronto com a polícia desde o início dos ataques do PCC era inocente.
De acordo com familiares, amigos e testemunhas, nenhuma das vítimas da chacina do Capão Redondo tinha relações com o PCC, nem passagem pela polícia. Os familiares de Maurício e testemunhas não souberam informar o nome completo das outras vítimas fatais. Três delas foram identificadas pelo primeiro nome e apelidos e outra foi identificada apenas pelo trabalho que fazia na região.
Os mortos
Maurício Assis de Menezes, caçula de quatro irmãos, era um rapaz pacato, quieto, de poucas palavras. Trabalhava no bar da família desde os 14 anos. Saía pouco e gostava de alugar filmes para assistir em casa. A última vez que saiu para passear, foi a um churrasco na casa da mãe da namorada, no domingo, Dia das Mães. A namorada, grávida de dois meses, perdeu o bebê no dia seguinte em que Maurício foi assassinado. A morte do rapaz chocou amigos e a vizinhança, “porque ele era o cara mais tranqüilo da região”, dizem testemunhas.
Edson, conhecido pelos amigos como “Jaca”, tinha 22 anos, era casado e tinha dois filhos. Trabalhava na lanchonete da família Menezes há cinco anos. Fanático por futebol, não perdia um jogo do seu time São Paulo Futebol Clube. Brincalhão, adorava dar apelido para todo mundo que passava pela barraca de lanches.
Renato, conhecido como “Brigadeiro”, tinha cerca de 35 anos. Trabalhava com artesanato e adorava ir à praia. Todos os anos, vendia flores durante o Dia das Mães. Tinha dois filhos. Um menino de 8 e uma garota de 19. Fã de teatro, sempre levava o filho a espetáculos gratuitos no centro da cidade.
Davi era pouco conhecido das testemunhas, que apenas sabem que o rapaz trabalhava como motoboy. As testemunhas não sabem o nome da quinta vítima. De acordo com elas, era um senhor de idade avançada que trabalhava como catador de material reciclável no bairro do Capão Redondo
sexta-feira, maio 19, 2006
9º FAVELA TOMA CONTA
Esta rua fica numa travessa da Estr. Dom João Nery que liga o Itaim Paulista à Guaianazes. (altura do Jd Olga).
SARAU DA COOPERIFA NA VIRADA CULTURAL
SARAU DA COOPERIFA NA PINACOTECA
19hs -Sarau da Cooperifa
22hs- Apresentação dos grupos:
Periafricania, Versão Popular e Banda Preto Soul
dia 20 de maio de 2006 (sábado)
Atenção: haverá ônibus saindo do Zé Batidão e do Bar do binho às 16hs.
Pinacoteca do Estado
Pça da Luz, 2 – metrô Luz
fone 11 3229 9844
www.colecionadordepedras.blogspot.com
quinta-feira, maio 18, 2006
Fórum em defesa da vida- Pelas vítimas da desigualdade
O Fórum em Defesa da Vida convida a sociedade a solidarizar-se com os familiares das vítimas que foram assassinadas no Estado de São Paulo na última semana.
Reconhecemos que este é o resultado da profunda desigualdade social que vivemos.
Vamos nos organizar para construir:
ù Políticas eficientes de distribuição de renda
o Lucros bancários bilionários destoam da realidade da maioria da população
ù Educação universal de qualidade
o Crianças matriculadas nas escolas não garante permanência nem educação de qualidade
ù Ética nas instituições
o A corrupção generalizada impede a aplicação dos recursos públicos onde são mais necessários
Vamos nos manifestar em atos de solidariedade:
o No próximo sábado, dia 20 de maio, às 12:00 horas, em diversos pontos da cidade e do Estado
Divulgue esta iniciativa.
Informe qual o ato que sua entidade realizará nesse dia pelo e-mail: cdhep@uol.com.br para uma ampla divulgação.
Atos já marcados:
- CDHEP - Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo LImpo - Rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 180 - próximo a estação do metrô Capão Redondo.
- Paróquia Santos Mártires - Rua Luís Baldinato, 8 - próximo a Praça do Jardim Ângela.
- Escola Manaim - Av. Sadan Inouê, 5617 - próximo a Subprefeitura de Parelheiros.
Fórum em Defesa da Vida – 5831.2612 / 5511.9762
sexta-feira, maio 12, 2006
MOSTRA DE MÚSICA MPB - MUSICA PERIFÉRICA BRASILEIRA (12 de maio a 4 de junho de 2006)
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA MONTE AZUL
Associação Comunitária Monte Azul e SESC Santo Amaro juntos em Mostra de MúsicaVII Mostra de Música Monte AzulMPB - Música Periférica Brasileira
De 12 de maio a 4 de junho, o SESC Santo Amaro e a Associação Comunitária Monte Azul, localizada na periferia da zona Sul de São Paulo, promovem a mostra MPB - Música Periférica Brasileira.
O projeto pretende atingir os moradores da favela Monte Azul, de bairros próximos e do público em geral com shows gratuitos de quinta a domingo.Como em 2006 comemoramos 25 anos de Voluntariado Estrangeiro na instituição, a temática da mostra de música deste ano será a influência estrangeira, principalmente dos negros e europeus, na formação dos nossos ritmos.
A iniciativa incentiva a diversidade e democracia cultural – conceitos defendidos pela Associação Comunitária desde a sua formação, há 27 anos.Segundo Ana Maria Medeiros, coordenadora do Centro Cultural, a expectativa é de que essa Mostra alcance maior público e prestígio graças à parceria com o SESC Santo Amaro e pela qualidade dos espetáculos que, seguindo a temática, começa com blues – ritmo originário dos negros americanos - no dia 12.E isso é só para esquentar.
A abertura oficial é dia 13 de maio com K.Ram.K. e Nhocuné Soul. A programação segue com nomes como Samba da Vela, Fanta Konatê e Troupe Djembedon em uma extensa e rica programação onde mesclamos nomes consagrados e grupos de grande representatividade local.
As exibições ocorrerão no Centro Cultural da Associação Comunitária, com capacidade para 200 lugares, e também na própria Favela, onde será montada toda a infra-estrutura necessária para shows ao ar livre.
Sobre a Associação Comunitária Monte AzulFundada em 1979, no bairro Jardim Monte Azul, a Associação Comunitária atende direta e indiretamente uma população de aproximadamente 12 mil pessoas nas áreas de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Cultural.
O Centro Cultural Monte Azul incentiva a cultura não apenas como expressão artística, mas como patrimônio de cada grupo ou indivíduo, porque reflete seus valores e seu pensar singular em diálogo com os demais, num processo dinâmico de trocas e transformações, contribuindo para a diversidade cultural.
Centro Cultural - Monte Azul
centrocultural@monteazul.org.br
Fone 5851 5370
www.monteazul.org.br (Ver Programação Completa)
quinta-feira, maio 11, 2006
BATALHA DE FREESTYLE NA ZONA SUL
Batalha de mc's onde a única regra é o improviso......
Será realizada toda sexta feira ...
Se você é bom no improviso ou admira essa arte, esse é o lugar.
TODA SEXTA BATALHA FREE STYLE a partir das 22h as 5h da manhã
nesta sexta 12/05/2006 show do Oficina da Rima.
X Marcha Noturna pela Democracia Racial
Dia 12 de maio de 2006 às 20:00h
O Instituto do Negro Padre Batista e diversas entidades do movimentonegro, social, religioso e governamental, realizam nesta sexta-feira, 12 de Maio, a X Marcha Noturna pela Democracia Racial.
Neste ano a atividade tem como tema:
A marcha tem por objetivo chamar a atenção da população e governos para as discussões pertinentes aos afrodescendentes e se propõe a ser umamanifestação de denúncia à discriminação racial no Brasil.
PROGRAMAÇÃO
DIA: 12/05/06
Ato CulturalHorário: 20h00
Celebração Inter-religiosaHorário: 21h00
Local: Igreja da Boa MorteRua do Carmo – Centro
Em seguida os participantes vestidos de preto e com velas nas mãos caminharão até o Largo do Paissandu.
Informações:Instituto do Negro Padre BatistaTel.: (11) 3106-7051
segunda-feira, maio 08, 2006
Palestra com Socorro Lacerda "República da Estrela"
Palestra: "República da Estrela" A memória contando História. Formação e sustentação de um novo país.
data: 11 de Maio de 2006 (Quinta-feira)
hora: 19:00h
local: UNISA - Universidade de Santo Amaro
cidade: São Paulo
Essa palestra acontecerá durante a semana de estudos da Faculdade de História e terá duração de duas horas. Quem puder compareça ou divulgue.Obrigada.Socorro Lacerda!
Saiba Mais: SOCORRO LACERDA DE LACERDA O autor realizou um trabalho original de recuperação de um movimento social pouco estudado pela historiografia brasileira. A Xxxx foi proclamada no inicio do século XX e foi liderada pelo lendário Coronel Zuza Lacerda, no alto sertão da Paraíba. O coronel ousou enfrentar o governo estadual, ao sentir-se desprestigiado e proclamou independentes as suas terras e a região onde exercia o seu poder de “coronel”. Socorro Lacerda ancorou seu trabalho nos estudos clássicos sobre o “coronelismo”, bem como na historiografia clássica sobre a historia política da primeira republica, baseando-se em autores como Raimundo Faoro, para desvendar os mecanismos que constituem essa forma de liderança política, que vai do uso da força física e psicológica, à formação de um exército particular.
CAFÉ LITERÁRIO DE TABOÃO DA SERRA
RECITAL, LEITURAS DE TEXTOS, PROSA E INTERVENÇÕES LÍTERO-MUSICAIS. APRESENTAÇÃO DO POETA SÉRGIO VAZ
Dia 08 de maio (segunda-feira) 19hs
LOCAL: AUDITÓRIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
RUA ELZABETA LIPS, 166 TABOÃO DA SERRA-
CENTRO
ENTRADA FRANCA
Acessem: www.colecionadordepedras.blogspot.com